sábado, abril 30, 2011



O cerimonial da Câmara Municipal do Rio de Janeiro confirmou a realização, segunda-feira (2/5), às 18h30, no Plenário Teotônio Villela, da cerimônia de entrega da Medalha de Reconhecimento Chiquinha Gonzaga à minha mãe, professora e escritora Dalva Lazaroni, e de moções de Voto de Louvor e Reconhecimento à família Lazaroni, segundo iniciativas do vereador Marcelo Arar.


A educadora Dalva Lazaroni será condecorada “pelo destaque em prol das causas democráticas, humanitárias, artísticas e culturais”. Por feliz coincidência, a primeira grande biografia escrita por minha mãe é da compositora, maestrina e pianista Chiquinha Gonzaga, que deu nome à medalha de reconhecimento.


O vereador Marcelo Arar destacou ainda, na justificativa que encaminhou à Mesa Diretora da Câmara Municipal, a extensa obra literária da homenageada, entre eles também outra biografia: “Mate com Angu – A História de Armanda Álvaro Alberto”, sobre a vida de lutas democráticas e de realizações, na educação, de uma extraordinária educadora.


Quanto às moções de Voto de Louvor e Reconhecimento a serem concedidas à minha família, Marcelo Arar lembrou seu pioneirismo e sua longa e difícil luta em prol do ambientalismo no Brasil. O vereador recordou que, ainda nos anos 70, em pleno regime militar, Paulo e Dalva Lazaroni, juntamente com os filhos, saiam às ruas levando as bandeiras de luta do movimento verde.


Disse Marcelo Arar: “naqueles dias difíceis, falar em defesa do meio ambiente e em desenvolvimento sustentável era tido como coisas de gente extravagante. Mal sabiam os críticos daquelas horas que o ambientalismo se tornaria uma luta fundamental, como acontece hoje”.

publicado por André Lazaroni em 30.4.11 |



quinta-feira, abril 28, 2011



Vejam o que garantem fabricantes, lojistas e milhares de mamães: as fraldas de pano estão de volta e... com modelos bem criativos. Mais importante: elas são corretas do ponto de vista ambiental. Para trazer até vocês esta novidade tão própria de bebês e suas mães (além de avós carinhosas) fui buscar matérias da Revista e Blog Amazônia e do Real e Jornal Blog.

Vamos à novidade criativa que traz de volta essa peça que estava em desuso, principalmente nas famílias de classe média. Informam os jornais eletrônicos:

Usar fraldas de pano pode parecer coisa do passado. A praticidade oferecida pelas fraldas descartáveis fez com que as mães atuais esquecessem de vez todo o trabalho que as avós tinham ao usar os modelos antigos. Fato é que as fraldas de pano são ecologicamente corretas e com o passar do tempo também evoluíram em sua eficiência e facilidade de uso.

Como um dos principais vilões do meio ambiente, as fraldas descartáveis chegam a demorar 600 anos para se decompor e formam o terceiro item mais encontrado nos lixões.

Segundo informações divulgadas no portal Meu mundo sustentável, cada bebê gasta em média 124 fraldas descartáveis por mês, durante os dois primeiros anos de vida a quantidade total pode chegar a ser de cinco mil fraldas.

Em contrapartida, as fraldas de pano são menos agressivas ao meio ambiente e ainda mais econômicas para o bolso de qualquer família. Durante os dois primeiros anos da vida do bebê, período em que o uso de fraldas é mais intenso, o uso dos itens ecológicos significa uma economia de R$ 2.300.

Ao contrário das descartáveis, as fraldas de pano demoram apenas um ano para se decompor, e não levam em sua composição petróleo ou celulose, que é obtida através do corte de árvores.

Mesmo parecendo coisa do passado, as fraldas de pano evoluíram e ficaram mais práticas, bonitas e cada vez mais confortáveis para os próprios bebês. São justamente eles os maiores beneficiados, já que o pano não causa alergias ou irritações e impede que a pele do bebê entre em contato direto com produtos químicos.

A lavagem é a parte mais temida pelas mães ao usarem uma fralda de pano. No entanto, não se trata de um trabalho de outro mundo. O processo é simples e apenas a lavagem das fraldas sujas com cocô precisa de um cuidado maior.

Neste caso, é necessário retirar os resíduos antes de deixar a fralda de molho. Feito isso, basta esfregar com sabão de côco ou deixá-la para quarar no sol.

Elas não precisam ser lavadas à mão e podem ser colocadas na máquina juntamente com as fraldas sujas de xixi. O ideal é que em cada lavagem sejam colocadas juntas até 24 fraldas, para que a limpeza seja efetiva.

Como forma de minimizar ainda mais o impacto da ação no meio ambiente, o indicado é que sejam usados sabão de cocô ou biodegradáveis.

O vinagre ou o suco puro de limão podem ser usados como anti-séptico, porém não devem ser adicionados no mesmo momento em que o sabão, para que cada elemento possa cumprir com efetividade suas determinadas funções.

Texto postado por Valéria Valle no Real e Jornal Blog acrescenta: as fraldas de pano também de modernizaram e estão sendo chamadas de fraldas ecológicas. Elas ganharam um novo design e já vem no formato certinho, com pequenos botões, absorvente interno e estampas bem simpáticas.

Além da economia, pois as fraldas de pano duram muito, o meio ambiente também agradece. Estima-se que uma criança utilize cerca de 5000 fraldas descartáveis até os 2 anos de idade. E o tempo de decomposição das mesmas gira em torno de 450 anos!

Mas deve-se pensar na quantidade de água e produtos químicos utilizados em suas lavagens. O ideal é utilizar a própria água do banho de bebê para deixá-las de molho.

Para mamães de primeira viagem ou para aquelas que nem se imaginam lavando uma fralda de pano, o ideal é começar com uma ou duas unidades, intercalando com as fraldas descartáveis.

publicado por André Lazaroni em 28.4.11 |



segunda-feira, abril 25, 2011


Vale a pena comentar de novo notícia de grande importância para todos os cariocas e fluminenses. A Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec) lança hoje (25/4), em parceria com o Ministério da Saúde, a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe.

Este ano, além dos idosos e povos indígenas, a imunização foi estendida às gestantes, crianças entre 6 meses e 2 anos de idade e trabalhadores da Saúde.

A meta é vacinar 80% das pessoas que formam este público no Estado, estimado em cerca de 3 milhões de pessoas. O imunizante será aplicado nos postos de saúde dos 92 municípios fluminenses, e a campanha se estende até o dia 13 de maio.

De acordo com a subsecretária de Vigilância em Saúde, Hellen Miyamotto, o estado contará com 1.300 postos de vacinação. No total, devem ser imunizados cerca de 2 milhões de idosos, 195 mil gestantes, 323 mil crianças com idades entre 6 meses a 2 anos, além de indígenas e trabalhadores da Saúde.

Disse ela: “a vacina imuniza contra a gripe sazonal e o vírus H1N1, que se disseminou pelo mundo na pandemia de 2009. Em 2010 também foi realizada campanha contra a nova gripe, mas em período diferente”. A subsecretária ressaltou que crianças menores de 2 anos serão imunizadas em duas etapas, com 30 dias de intervalo entre as doses.

Idosos que vivem em asilos e não podem ir a um posto de saúde devem solicitar à Secretaria de Saúde de seu município a visita de um agente para que a vacinação seja feita em domicílio.

Esta é a 13ª campanha anual de vacinação contra a gripe para pessoas com mais de 60 anos. Estudos apresentados pelo Ministério da Saúde mostram que a vacina reduz em mais de 50% as doenças relacionadas à gripe nos idosos vacinados e 32% do total de hospitalizações por pneumonia.

Contra-indicação

As únicas contra-indicações são a alergia aos componentes da vacina, principalmente à proteína do ovo, e os portadores de doenças neurológicas em atividade.

Vale ressaltar que pessoas que podem comer ovo frito, pão, bolo ou macarrão não têm essa alergia. Para quem estiver com gripe ou apresentado estado febril ou sintomas de dengue, o recomendado é esperar melhorar, para depois se vacinar.

O imunizante deve ser tomado todos os anos. A escolha pelo período do outono para a aplicação é estratégica, pois a vacina precisa de duas semanas para induzir alguma proteção e de quatro a seis semanas para que a máxima proteção seja alcançada.

Como o inverno é período de maior circulação do vírus, tomando a vacina no outono garante-se máxima proteção no período de maior circulação do vírus influenza.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacinação é a forma mais eficaz para prevenir a gripe e suas complicações. A cada ano, mais de 150 milhões de pessoas são vacinadas contra gripe em países de todo o mundo, entre eles o Brasil.

Provocada pelo vírus Influenza, a gripe ataca todos os anos entre 10 e 20% da população do planeta – algo em torno de 600 milhões de pessoas. Se não for tratada, pode gerar complicações que provocam entre 250 mil e 500 mil mortes por ano e milhões de internações.

As complicações mais comuns são pneumonia, infecção no ouvido (otite) e inflamação nos brônquios (bronquite).

publicado por André Lazaroni em 25.4.11 |



quarta-feira, abril 20, 2011





É o que tem que ser feito em benefício da saúde de todos! Parabéns, amigo Eduardo Paes! Parabéns, Prefeitura do Rio! A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil (SMSDC) realizou, ontem (19/4), mais uma ação em imóveis cujos proprietários não deram resposta às notificações da Prefeitura.

Nos últimos meses, agentes de saúde tentavam, sem sucesso, entrar nas casas situadas no Parque Anchieta e na Pavuna, Zona Norte da cidade. A entrada foi baseada no decreto nº 31.406, de 2009, que autoriza o ingresso da Prefeitura em locais fechados, depois de três tentativas e publicação no Diário Oficial.

Na primeira casa, no Parque Anchieta, foi encontrada grande quantidade de lixo, objetos ao relento e caixa d’água aberta, que foi coberta pelos agentes. Na Pavuna, havia muita coisa descartável acumulada, como garrafas PET, e no local foi aplicado o fumacê portátil.

Em ambos os imóveis, apesar de haver muitos possíveis criadouros, não foram localizados focos do mosquito Aedes aegypti. Os moradores serão notificados a retirar o material.

Hoje, quarta-feira, será feita ação semelhante, desta vez no Andaraí, na Rua Barão de Itaipu, a partir das 9h30.

Na primeira vez que o decreto foi utilizado, na última semana, dois imóveis foram vistoriados e os agentes de saúde encontraram focos e centenas de possíveis criadouros do mosquito da dengue.

publicado por André Lazaroni em 20.4.11 |



domingo, abril 17, 2011



Tragédia ambiental. Lamento. O cerrado brasileiro ficando cada vez menor... Abrangendo a maior parte de Região Centro-Oeste e parte do Nordeste no Brasil, o Cerrado perdeu 7.637 km² de sua vegetação original entre 2008 e 2009, segundo dados mais recentes disponíveis, detectados pelo Centro de Sensoriamento Remoto do Ibama.

São informações que foram anunciadas pela própria ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em Brasília. O desmatamento no Cerrado equivale a uma área maior que a soma do tamanho do Distrito Federal, que tem 5.802 km², com o município de São Paulo, que tem 1.523 km². A área total do Cerrado é de 2.039.386 km².

Se forem consideradas as taxas médias anuais de desmatamento no bioma em anos anteriores, a devastação entre 2008 e 2009 caiu pela metade. Os dados mais antigos disponíveis, de 1994 a 2002, mostram uma derrubada média de 15.700 km² no bioma. Entre 2002 e 2008, a taxa média foi reduzida para 14.179 km², caindo para 7.637 km² entre 2008 e 2009.

O estado que mais desmatou o bioma no período foi o Maranhão, com 2.338 km² de área derrubada, seguido do Tocantins (1.311 km²), Bahia (1.000 km²), Mato Grosso (833 km²), Piauí (701 km²), Goiás (664 km²), Minas Gerais (534 km²), Mato Grosso do Sul (241 km²), São Paulo (7,5 km²) e, por último, Paraná, Distrito Federal e Rondônia, cada um com cerca de 1 km².

Os três municípios que mais desmataram foram Formosa do Rio Preto (BA), total de 197,17 km², Baixa Grande do Ribeiro (PI), total de 168 km² e Jaborandi (BA) total de 131 km².

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, também destacou o norte de Minas Gerais. Declarou ela: “o estado tem uma das áreas mais sensíveis. Pedi que tudo que fundamenta estudos de conservação do Cerrado seja publicado”. (Com Agência Brasil)

publicado por André Lazaroni em 17.4.11 |



sábado, abril 16, 2011



Grande vitória dos ambientalistas, dos moradores de Búzios e de toda a Região dos Lagos. O governador Sérgio Cabral assina o decreto de criação do Parque Estadual da Costa do Sol (Pecs). O espaço abrange áreas dos municípios de Búzios, Saquarema, Araruama, Arraial do Cabo, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e Cabo Frio.

Com cerca de 10 mil hectares, o parque inclui em seus limites a Restinga de Massambaba, lagoas e lagunas e 15 ilhas costeiras. A criação da importante área tem o objetivo de preservar ecossistemas incluídos entre os mais ameaçados do estado. Também serão protegidas regiões de mangue, floresta, cordões arenosos e costões rochosos.

O Parque Estadual da Costa do Sol é um privilégio da natureza. Ampliado com a inclusão da Área de Proteção Ambiental (APA) das praias da Azeda e da Azedinha, em Búzios, e do Parque Municipal do Mico-Leão Dourado, em Cabo Frio, a unidade de conservação de proteção integral vai reunir 27 áreas de sete municípios da Região dos Lagos.

Segundo a presidente do Instituto Estadual do Ambiente, Marilene Ramos, a população da região reivindicava a legalização final do espaço há muitos anos: “a criação deste parque é uma grande vitória porque acrescentará unidades de conservação integral. Isso será um legado para as próximas gerações. Este local sofreu com o crescimento desordenado, não podíamos continuar permitindo”.

Os municípios abrangidos pelo parque serão beneficiados com fatias maiores do ICMS Ecológico, que tem como um dos seus critérios para a elevação de repasses a existência de unidades de conservação. A previsão é que as prefeituras recebam, no segundo ano após a criação do parque, cerca de R$ 6 milhões anuais.

A iniciativa do Governo do Estado também absorveu 27 propostas de unidades de conservação municipais. As prefeituras poderão participar da gestão do parque através de convênios, que estão previstos no decreto de criação do Pecs.

A criação do parque também vai incentivar muito o turismo. No local, há possibilidade de realização de atividades de pesquisa científica, lazer e educação ambiental.

publicado por André Lazaroni em 16.4.11 |



sexta-feira, abril 15, 2011



Preocupante. A Organização Mundial de Meteorologia (WMO, sigla em inglês) identificou aumento na destruição na camada de ozônio no Ártico. A perda é considerada inédita, mas não inesperada. A principal causa da destruição é o aumento do uso de produtos químicos presentes em aerossóis, geladeiras e extintores de incêndio.

A grave preocupação está bem expressa na reportagem da jornalista Renata Giraldi, da Agência Brasil, divulgada pelo portal EcoDebate. A camada de ozônio é a que protege a vida no planeta dos efeitos nocivos dos raios ultravioleta.

Desde o final do mês de março, a região considerada mais afetada pela destruição da camada de ozônio estende-se da Groenlândia, grande ilha no Oceano Ártico, à Escandinávia. As medições mostram que a perda de ozônio ocorre entre 15 e 23 quilômetros acima do solo. Na região, mais de dois terços do ozônio foram destruídos até o momento.

De acordo com os cientistas, a tendência é que a radiação de raios ultravioleta não aumente nas regiões mais frias com mesma intensidade que nas áreas tropicais. Os raios ultravioleta (UV-B) têm sido associados ao aparecimento de câncer de pele, catarata e danos ao sistema imunológico humano.

O estudo divulgado pela Organização Mundial de Meteorologia informa ainda que a destruição do ozônio estratosférico é mais intensa nas regiões polares, quando as temperaturas caem abaixo de – 78 graus Celsius (ºC).

Alertou o secretário-geral da organização, Michel Jarraud: “a perda de ozônio, pela experiência, depende das condições meteorológicas. A perda, em 2011, mostra que temos de permanecer vigilantes e manter um olhar atento sobre a situação no Ártico nos próximos anos”.

Um acordo internacional firmado por vários países define uma série de medidas para a recuperação da camada de ozônio. As medidas incluem iniciativas que devem ser feitas até 2060.

Sem o Protocolo de Montreal, segundo os especialistas, a destruição na camada de ozônio poderia ser mais intensa. De acordo com os peritos, a lenta recuperação da camada de ozônio se deve ao fato de que as substâncias que a destroem permanecem na atmosfera por várias décadas.

A camada de ozônio fica na estratosfera, que é a segunda maior cobertura da atmosfera. Na Antártida, a destruição na camada aumenta no período da primavera devido à existência de temperaturas extremamente baixas na estratosfera.

No Ártico, as condições meteorológicas variam mais de um ano para o outro, e as temperaturas são mais quentes do que as registradas na Antártida. Os invernos árticos, de acordo com os cientistas, não apresentam perdas na camada de ozônio, enquanto as temperaturas frias na estratosfera do Ártico causam destruição.

publicado por André Lazaroni em 15.4.11 |



quinta-feira, abril 14, 2011



Há poucos dias, comentei com vocês, amigas e amigos, o lançamento do Atlas da Fauna Ameaçada de Extinção, obra que contém mais de 1.300 registros sobre 314 espécies de animais em estado de risco no Brasil.

Hoje, com prazer e em respeito à atenção especial que vocês merecem, vou divulgar o endereço eletrônico para se baixar o Atlas e se ter acesso à revista Bio Brasil.

O levantamento para a edição do Atlas da Fauna Ameaçada de Extinção foi feito para avaliar a eficiência do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) na proteção de espécies que ocorrem em 194 unidades de conservação (UCs) federais. Esse documento essencial foi produzido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Segundo o secretário-executivo do MMA, Francisco Gaetani, o desenvolvimento ambiental e conservação são desafios contemporâneos, e as informações terão do Atlas grande valia para os envolvidos nessas causas.

Afirmou Francisco Gaetani: “quando os atores envolvidos no processo de conservação e a sociedade brasileira saem em defesa de sua biodiversidade, então percebemos que a proteção dessas numerosas espécies se torna uma prática de todos”.

O presidente do ICMBio, Rômulo Mello, disse que a instituição tem o objetivo de se tornar um centro de referência em pesquisas no Brasil e que o Atlas permitirá um avanço de forma qualificada no processo de conservação.

Permite ainda à sociedade brasileira saber onde estão as UCs e quais espécies estão vivendo nestes locais. Os dados contribuem ainda para a criação de UCs e para o reforço e realização de pesquisas nestas áreas protegias.

A obra aponta dados importantes para o mapeamento e a situação atual de inúmeras populações de animais em risco de extinção. Das 310 UCs federais, 198 já possuem registro de espécies ameaçadas.

No bioma Pampa, por exemplo, mais de 60 destas já estão vivendo em áreas protegidas. Na Caatinga, das 43 espécies em extinção identificadas, 41 vivem em UCs. As aves e os mamíferos foram os mais elencados no livro.

A publicação está disponível no portal do ICMBio, no formato PDF, e será distribuída para todos os centros de pesquisas e UCs. Os interessados podem contactar a Coordenação Geral de Espécies Ameaçadas do instituto.

Foram lançados, juntamente com o Atlas da Fauna Ameaçada de Extinção, a revista eletrônica Bio Brasil, sobre biodiversidade brasileira, e o novo portal na internet do ICMBio (www.icmbio.gov.br).

A revista Bio Brasil é voltada para a divulgação de informações técnico-científicas relativas ao conhecimento, manejo e conservação das espécies ameaçadas de extinção e das áreas protegidas federais.

Entrando no novo site, o usuário poderá ter acesso a fotos e informações das 310 unidades de conservação federais existentes em todo o Brasil.

publicado por André Lazaroni em 14.4.11 |



domingo, abril 10, 2011



Somos líderes, e com orgulho, numa série de realizações em todo o planeta. Infelizmente, agora surgiu uma liderança muito negativa e que nos traz muitas preocupações. Embora o Brasil ocupe a terceira posição no ranking dos maiores produtores agrícolas do mundo, já é líder no consumo de agrotóxicos. Somente em 2009 foram comercializado um bilhão de litros destes produtos.


Texto de Jorge Américo, da série especial Os perigos dos agrotóxicos no Brasil”, produzido pela Radioagência NP e divulgado pelo portal EcoDebate, no dia 5 deste mês, revela esse temor.

Dependendo do volume de vendas estimado em 2010, pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), esse recorde pode ser superado. A entidade estima um crescimento de até 8%, em relação ao período anterior. Ainda de acordo com dados da Abiquim as empresas do ramo tiveram faturamento líquido de US$18,2 bilhões com a produção de defensores agrícolas, adubos e fertilizantes em 2010.

Para manter o nível de consumo, os fabricantes e fornecedores estão financiando a produção agrícola. Este incentivo consiste em fornecer, aos produtores insumos, as sementes, adubos, fertilizantes e pesticidas, além de assistência técnica. O pagamento é efetuado após a colheita, que recebe parte da produção.

Com isto, os produtores ficam reféns destas empresas. Um exemplo está na região do Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, conhecida pela forte presença da indústria fumageira. A integrante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Rosiele Cristiane, denuncia a exploração dos produtores de fumo, que, por meio de contratos, tiram o controle do agricultor sobre a sua produção:

“Antes de iniciar a safra, o orientador agrícola da empresa que presta a assistência técnica, que vai à casa das pessoas, faz o contrato com as famílias. Vê quantos pés de fumo eles querem plantar. Os agricultores assinam esse contrato sem ler: há várias promissórias, em branco também. E este contrato está dizendo que o agricultor não é dono do produto. Ele é o fiel depositário. Isto dá à empresa o direito de buscar o fumo, se o agricultor não entregar.”

Acrescenta Rosiele: “nos últimos anos, os agricultores estão esperando o melhor preço. Então, no início da comercialização, eles não estão entregando o fumo. Eles esperam até maio, junho, que é a melhor época para vender. Quando o fumo não é entregue para a empresa, e ela tem contratos a honrar no exterior, eles usam dessas artimanhas para buscar o fumo em casa”.

A partir deste modelo de financiamento, a venda de defensivos agrícolas, no Brasil, pode crescer de US$ 6,6 bilhões para US$ 8,5 bilhões em cinco anos. No entanto, Rosiele alerta que a pressão das empresas já levou agricultores ao suicídio.

“Eu sempre falo do caso da Dona Eva, que foi uma agricultora. A indústria fumageira chegou à casa dela com o oficial de Justiça e a Polícia. Ela alegou que não tinha nenhuma dívida vencida. Era mês de fevereiro, e a dívida dela só venceria em maio. A empresa alegou ao juiz que ela estava desviando o produto. Ela se sentiu tão humilhada que, no mesmo instante em que eles carregavam o fumo do galpão, ela foi na varanda e se enforcou”.

O mercado mundial de agrotóxicos é dominado por seis empresas: Syngenta, Bayer, Monsanto, Basf, Dow, DuPont e Nufarm. Este negócio mais de US$ 20 bilhões por ano. O lucro cresce com a comercialização dos organismos geneticamente modificados: os transgênicos.

As pesquisas na área da biotecnologia permitiram, pela primeira vez na História, o patenteamento de um ser vivo. Segundo o engenheiro agrônomo Horácio Martins, as plantas deixaram de ser espécies vegetais para se tornarem unidades de produção de moléculas.

“A maior parte das moléculas, que são desenvolvidas, não está na natureza. Elas são criadas em laboratórios, e o custo de uma nova molécula, hoje, gira em torno de US$ 250 milhões. Aquele novo germoplasma, o material genético da semente, traz características e propriedades que outras sementes não têm. Ele é inovador e permite, então, ser patenteado.”

A biotecnologia está nas mãos de empresas que controlam quatro áreas: sementes, agroquímicos, farmacêutica e veterinária. Existem cerca de mil princípios ativos de agrotóxicos, que, combinados, criam mais de dez mil formulações. Cada uma dessas formulações gera lucro para as empresas. Horácio Martins explica que as empresas exercem forte pressão sobre o poder público para viabilizar suas atuações na cadeia produtiva.

“Eles têm a patente dos seus produtos, dos princípios ativos que, depois, são combinados para gerar substâncias comerciais. A partir daí, pressionam os governos para que façam legislação, normas internas e um marco regulatório que vai controlar o uso daquela patente, daquele princípio ativo que ela mesma fabricou. Enfim, fabrica o produto e cria regulamentação para controlar o seu uso.”

A Monsanto controla 25% do mercado brasileiro de sementes de hortaliças, que é estimado em 200 milhões de dólares anuais. O domínio das transnacionais sobre a agricultura brasileira conta com apoio do Poder Público. Isto se dá a partir dos investimentos públicos em infraestrutura, isenções tributárias e legislações flexíveis para beneficiar as empresas.

No estado do Ceará, por exemplo, desde 1997, os agrotóxicos estão isentos do pagamento de diversos tributos. A medida foi adotada depois de um decreto do então governador Tasso Jereissati (PSDB).

A isenção é concedida até mesmo para produtos que foram proibidos em seus países de origem. A integrante do Núcleo Tramas, da Universidade Federal do Ceará (UFC), Maiana Maia, avalia que a política de incentivos gera impactos negativos.

“Num contexto em que estas substâncias provocam danos ao meio ambiente, danos à saúde da população, o Estado barateia o custo destes produtos, incentivando o uso de modo que os custos sociais são ‘externados’ pelo sistema público de saúde e pelo sistema público da previdência. Por exemplo, quando o Estado aplica uma política de taxação do cigarro, do álcool, para inibir o uso destas substâncias – porque são consideradas agressivas – e para poder adquirir recursos para financiar o sistema público, uma vez que vai cuidar dos danos, esta lógica ele não aplica para os agrotóxicos”.

Maiana considera que a sobrevivência dos pequenos agricultores depende de um enfrentamento do modelo sustentado na produção em latifúndios para exportação do agronegócio.

“As populações do entorno destes empreendimentos acabam ficando muito vulneráveis, porque elas encontram um Estado que não tem capacidade de fiscalizar. A partir disto, a gente percebe que o embate não é só com as empresas. Existe também um embate que precisa ser feito com estas políticas públicas que beneficiam este tipo de modelo de desenvolvimento.”

Há mais de uma década, a região do Baixo Jaguaribe, no Ceará, está marcada pela produção de frutas em latifúndios por meio da irrigação. Destaque para os monocultivos de banana, melão, abacaxi e mamão.

A expansão das áreas cultivadas representou um aumento de quase 1.000% do uso de agrotóxicos, na região, em quatro anos. Apenas em 2009, foram utilizadas quase 6,5 mil toneladas de produtos químicos.

O impacto na saúde e no meio ambiente foi instantâneo. A Universidade Federal do Ceará detectou, no último ano, a presença de 22 princípios ativos de agrotóxicos na água fornecida para as comunidades que vivem na região. Maia denuncia que, com a falta de monitoramento, vigilância e fiscalização, os resíduos já chegaram ao subsolo.

“Na região do Alto Jaguaribe, fizemos uma coleta ambiental que detectou a contaminação por agrotóxicos no Aquífero Jandaíra. Quando a gente foi esmiuçando esta questão, a gente se deparou com uma legislação do Estado, em que se permite a poluição. Existe uma portaria, nº 518, do Ministério da Saúde, que estabelece valores máximos permitidos de venenos em águas consideradas próprias para consumo humano. Então, a água que as pessoas bebem pode ter veneno. O Estado estabelece isto”.

O Baixo Jaguaribe recebeu, em dez anos, uma chuva de mais de quatro bilhões de litros de calda tóxica. Todo dia uma área de quase três mil hectares é banhada com agrotóxicos. A pulverização é feita por meio de aviões. A população teme os efeitos crônicos para a saúde. Os animais domésticos não estão resistindo, ficam doentes e morrem.

publicado por André Lazaroni em 10.4.11 |



sexta-feira, abril 08, 2011





Estudo histórico de importantes entidades científicas é apresentado no Rio. Ele deve ser transformado em realidade. Vou lutar por isso!

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Núcleo de Estudos de População (Nepo) da Unicamp desenvolveram, dentro do projeto “Megacidades, Vulnerabilidades e Mudanças Climáticas”, estudo sobre o Rio de Janeiro e cidades da Região Metropolitana, que poderão estar mais suscetíveis a tragédias em consequência das mudanças climáticas, caso nada seja feito para reverter a situação prevista até o final do século 21.

Apresentado ontem (7/4), no Palácio da Cidade, o estudo foi coordenado pelo Instituto Pereira Passos e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com a participação de 29 pesquisadores e especialistas em 13 áreas.

A Região Metropolitana de São Paulo mereceu estudo semelhante, lançado em 2010 e coordenado pelo INPE e Unicamp. Para saber mais, acesse
http://www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=2215<br>

Como área costeira, a Região Metropolitana do Rio de Janeiro é particularmente vulnerável à elevação do nível do mar e a ocorrência de eventos extremos, como ventos intensos, ondas de tempestade, chuvas torrenciais e períodos de seca mais prolongados, além de problemas de saúde na população.

Combinados, eles podem produzir efeitos devastadores, com impactos sociais, econômicos, de infraestrutura e ecológicos.

De acordo com o estudo, a combinação da elevação do nível do mar com os eventos climáticos extremos tende a agravar os conhecidos problemas de inundações, alagamentos e escorregamentos de encostas, assim como as também conhecidas consequências em termos de vidas e patrimônios perdidos, de degradação das condições sanitárias/ambientais, assim como de deterioração da infraestrutura urbana.


“Há várias conclusões que podem ser tiradas deste estudo, mas uma das mais importantes é a questão das políticas públicas, quanto à capacidade de resposta aos eventos extremos em algumas cidades”, avalia o professor Paulo Gusmão, do Departamento de Geografia da UFRJ, que coordenou o estudo juntamente com o economista e ambientalista Sergio Besserman, do Instituto Pereira Passos.

Também participaram do estudo a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).


A vulnerabilidade da região litorânea da capital e da região metropolitana a uma elevação do nível do mar se caracteriza, em geral, pelos riscos de erosão e de inundação intensificados pela recorrência de ressacas, ventos fortes e chuvas intensas.

Nos diversos cenários de elevação do nível do mar, barreiras não serão suficientes para conter o avanço do mar nas praias oceânicas urbanas, que tenderão a perder areia, uma vez que são limitadas no pós-praia por muros, calçadões, avenidas e outras construções.


O relatório aponta medidas de adaptação que as cidades e instituições da região metropolitana terão que adotar em busca de soluções, entre elas, ações de engenharia e redefinição de linha de costa, por exemplo, para mitigar os impactos e perigos que sofrerão.

Em praias oceânicas em áreas urbanas ou com estruturas na retro-praia, a melhor solução é aumentar o estoque de areia da praia. Se nada for feito, as consequências da elevação do nível do mar, em sinergia com as ressacas e marés meteorológicas mais intensas (que tendem a reduzir ainda mais o estoque de areia), acarretarão em episódios de destruição de calçadas e avenidas de forma crescente, chegando a inviabilizar áreas residenciais em frente às praias.


É fundamental acompanhar o comportamento do nível do mar, não apenas quanto ao seu nível de base, mas também quanto às marés e ondas de tempestade, bem como – considerando a diversidade de situações climáticas – monitorar permanente e detalhadamente as variações nos indicadores de temperatura e pluviosidade.

Planos de contingência deverão ser elaborados considerando riscos de inundações e deslizamentos que não devem restringir-se aos limites desse ou aquele município, mas mobilizar todos os recursos em escala metropolitana visando minimizar os danos à população, ao patrimônio natural e construído e às atividades produtivas.


A região metropolitana do Rio compreende os municípios de Rio de Janeiro, Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica, Tanguá e Itaguaí, que, segundo o censo de 2010, reúne 75% dos habitantes do Estado. Entre 2000 e 2010 - pela primeira vez desde 1940 - esta região cresceu mais do que as demais, apontando para a emergência de um novo padrão demográfico no Estado.

As áreas da capital que mais cresceram foram a Zona Oeste, a região da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, enquanto a Zona Suburbana apresentou uma estabilização e a população residente nas Zonas Central, Sul e Norte diminuiu.


Apesar de municípios como Itaguaí ou Maricá apresentarem taxas de crescimento mais aceleradas, a população continua se expandindo nos municípios do entorno da Baía de Guanabara, como Duque de Caxias, Nova Iguaçu e São Gonçalo. Essas áreas se tornam especialmente vulneráveis por conta da carência de serviços coletivos, principalmente saneamento básico, oferecidos à população.


Os principais problemas causados pelas mudanças climáticas ocorrerão nos aterros sanitários situados em encostas e áreas potencialmente alagáveis ao lado de rios de grande porte e de baías. A elevação do nível do mar poderá causar alagamento parcial ou total dos aterros Itaóca, em São Gonçalo, e o de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (a principal unidade de destinação final de resíduos sólidos da RMRJ, que recebe 70% dos resíduos coletados na capital), ambos situados às margens da Baía de Guanabara.

A elevação do nível da Baía de Guanabara e a expansão do espelho d’água impedirão que os atuais sistemas de drenagem de águas pluviais funcionem adequadamente, retendo o chorume e a água de chuva nos aterros. Essa retenção poderá causar erosões nos taludes acabados, infiltração de água nos maciços de lixo, desestabilização dos taludes e finalmente, a ruptura dos aterros, com o chorume sendo carregado em grandes quantidades para a Baía de Guanabara.


No Aterro de Gramacho, a situação é ainda mais crítica, pois ele está localizado próximo à foz dos rios Iguaçu e Sarapuí. Uma ruptura do aterro com o consequente assoreamento do leito desses rios poderá ocasionar o alagamento de grandes áreas na Baixada Fluminense, com prejuízos humanos e materiais incalculáveis. A saúde da população da região metropolitana do Rio está vulnerável em um cenário de mudanças climáticas, de acordo com o estudo.

Este capítulo foi desenvolvido por especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que apontam três mecanismos pelos quais as alterações do clima podem afetar a saúde: efeitos diretos (como reações fisiológicas a ondas de calor ou acidentes decorrentes de inundações ou deslizamentos de terra); efeitos sobre o meio ambiente, afetando a produção de alimentos, a oferta e a qualidade de água e a presença de vetores de doenças infecciosas; e efeitos sobre processos sociais, como migrações provocadas por secas prolongadas.


As principais preocupações são a leptospirose – devido ao aumento de ocorrência de enchentes – e a dengue, que terá um ambiente propício para a proliferação das larvas do Aedes aegypt com o aumento previsto da temperatura, aliado a períodos de mais chuvas.

Segundo os especialistas, se o aquecimento global estender as condições de temperatura e umidade típicos de verão para o período de outono, há a possibilidade de aumento do número de dias e meses por ano mais favoráveis à ocorrência de dengue.


Outros impactos à saúde incluem afogamentos e ferimentos das vítimas ao serem atiradas contra objetos quando levadas pela correnteza e manifestações alérgicas e doenças respiratórias, que podem se espalhar mais facilmente em abrigos lotados.

O aumento do nível do mar também traria consequências para a saúde pública através de salinização de depósitos naturais de água no solo, com perda da qualidade para consumo trazendo problemas para o abastecimento, redução na produção de alimentos em zonas agricultáveis costeiras, com aumento na insegurança alimentar, danos à infraestrutura de saneamento, como tubulações de esgoto sanitário, resultando em contaminação ambiental.


Principais Cenários de Risco


1. Tendência de avanço do mar em direção à terra.

2. Onde houver ruas e avenidas na retro-praia haverá diminuição das faixas de areia e potencial risco de ataque de ondas diretamente nas benfeitorias públicas

3. Recuo das linhas de orla em regiões de baixadas de lagoas costeiras e baías, em função da subida do nível médio relativo do mar que, nestes locais, é provável que seja superior à média, visto que se trata de regiões sedimentares geologicamente recentes, cujos terrenos tendem a sofrer subsidências.

4. Problemas de macrodrenagem em águas interiores, especialmente em zonas urbanas situadas em baixadas de baías e lagoas costeiras, aumentando a tendência de alagamentos. Com a subida do nível médio relativo, reduzem-se os desníveis, diminuindo, por consequência, a velocidade dos escoamentos.

5. Aumento da profundidade média de lagoas costeiras e baías. Isso representa um efeito de rejuvenescimento, em contraposição ao envelhecimento representado pelo assoreamento.

6. Aumento da presença de água salgada em água doce levando ao aumento ou à diminuição de manguezais e potencial problema de captação de água salobra em locais que hoje captam água doce.

publicado por André Lazaroni em 8.4.11 |



quinta-feira, abril 07, 2011




Parabéns, cariocas e fluminenses! Ontem, 6 de abril, Dia Mundial da Atividade Física, a ordem era malhar! E foi o que milhares de pessoas fizeram, para o próprio bem-estar! A data, instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS), teve, este ano, o lema o “Juntos para uma vida ativa e feliz”.

Assim, a OMS busca estimular a população para práticas saudáveis e contribuir para a promoção da saúde e da qualidade de vida. E agindo nesse sentido, a Secretaria de Saúde e Defesa Civil alerta para a importância da prática de atividades físicas regulares como prevenção ao sedentarismo, uma das principais causas de doenças cardiovasculares, diabetes, osteoporose e obesidade.

A clínica geral do Hospital Estadual Eduardo Rabelo, Lea de Carvalho explicou: “uma pequena mudança nos hábitos, como caminhar até o trabalho ou subir e descer escadas, é capaz de promover melhorias na saúde e na qualidade de vida. É importante que as pessoas estejam conscientes dos benefícios da prática equilibrada de exercícios físicos para a própria saúde”.

Na capital, a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil manteve bem ativas as atividades da Academia Carioca da Prefeitura, que buscam motivar os usuários dos serviços de saúde a praticarem atividades físicas regularmente. As academias já funcionam em diversos postos, distribuídos em todas as regiões da cidade.

Cada uma delas conta com 10 aparelhos que visam à melhoria da capacidade muscular e aeróbia dos usuários. Entre os benefícios da prática regular de exercícios estão o fortalecimento e proteção dos ossos e das articulações, manutenção do peso e da porcentagem de gordura corporal, melhora do diabetes Mellitus ao diminuir a taxa de glicemia, e auxílio no tratamento das doenças cardiovasculares ao diminuir o mau colesterol (LDL).

Além disso, ajuda na redução da ansiedade e do estresse e na recuperação da auto-estima e do humor. Toda prática de exercícios físicos deve ser indicada e acompanhada por profissionais qualificados como médicos, fisioterapeutas e profissionais de educação física.

Para os iniciantes, a avaliação médica inicial deve ser obrigatória, principalmente para portadores de doenças crônicas ou cardiovasculares. E para quem quer perder peso, um médico nutricionista poderá indicar uma alimentação equilibrada, rica em frutas, legumes, verduras e fibras, associada ao exercício físico.

A médica Lea de Carvalho acrescentou: “a escolha do exercício ideal deve levar em conta as particularidades de cada indivíduo, como o estado de saúde, o nível de condicionamento físico, objetivos perante a prática dos exercícios e afinidades pessoais. Por isso, a importância do acompanhamento de profissionais qualificados”.

O Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e outras Drogas Centra-Rio, em Botafogo, promove, às segundas-feiras, aulas de alongamento, das 9h às 10h, e aulas de iniciação ao Tai Chi Chuan, das 10h às 11h. Às sextas-feiras, das 9h às 10h, a unidade realiza oficina de Tai Chi Chuan para pacientes em tratamento e seus familiares na Escola de Formação em Saúde Enfermeira Izabel dos Santos (Rua da Passagem, 179, Botafogo).

As atividades físicas são também de grande importância para a saúde do idoso. Por este motivo, o Hospital Estadual Eduardo Rabelo, em Campo Grande, promove às segundas, quartas e sextas-feiras, das 9h às 11h, diversas atividades físicas para os idosos inscritos no Centro-Dia. Em média, 50 alunos participam das atividades, entre elas caminhadas, aulas de relaxamento muscular, dança, voleibol, reeducação postural global (RPG), entre outras.

Segundo a professora de Educação Física responsável pelas atividades no hospital Eduardo Rabelo, Deise Cardoso, é importante envelhecer de maneira saudável.

Afirmou ela: “através da prática de exercícios físicos percebemos melhoras significativas na saúde dos idosos, como a auto-estima, a autoconfiança, além da diminuição das dores articulares e dos problemas respiratórios. As atividades contribuem ainda para a integração e socialização dos idosos”.

Segundo a professora Deise Cardoso, antes do início da prática de exercícios, o idoso deve passar por uma avaliação médica cuidadosa que permitirá a indicação da atividade adequada. Para os indivíduos com patologias já instaladas, a prática de exercícios orientados é capaz de controlar a doença, evitar sua progressão e reabilitar o paciente.

Voltado para a melhoria da qualidade de vida de seus usuários, o PAM Coelho Neto desenvolve o projeto Saúde em Movimento. As atividades acontecem no Polo Integrado com a Comunidade (PIC), anexo à unidade, na Rua Araçatuba, 233, Praça Coelho Neto.

Através do projeto, a unidade desenvolve aulas de ginástica, de segunda a sexta-feira, das 8h às 9h, e dança aeróbica, de segunda a sexta, das 9h às 10h. Todas as pessoas interessadas em participar devem ter idade igual ou superior a 18 anos e devem ser moradores da comunidade ou em seu entorno. O projeto é totalmente gratuito e a inscrição pode ser feita na própria unidade (PIC).

Estes são os benefícios da atividade física:

Aumenta a massa muscular

Aumenta a resistência e a força muscular

Ajuda a relaxar, melhorando a qualidade do sono

Auxilia no controle do peso

Reduz o risco de fraturas relacionadas à osteoporose e reduz o tempo de tratamento dela

Diminui o risco de doenças cardiovasculares, diabetes Mellitus e dislipidemias (aumento do mau colesterol e triglicerídeos)

Reduz a depressão, o estresse e a ansiedade

Melhora a auto-estima e o humor

publicado por André Lazaroni em 7.4.11 |



quarta-feira, abril 06, 2011



A preocupação com o destino do ambiente no mundo – com o nosso destino – felizmente ganha cada vez mais apoiadores. Mas é preciso mais conscientização de muito mais pessoas. E é isso que muitos se preocupam em fazer todos os dias. Mobilizar mais forças.

A engenheira florestal Malu Nunes, mestre em Conservação da Natureza e Diretora-Executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, escreveu, para a Revista Eco 21excelente artigo mostrando como anda esse esforço, envolvendo pessoas, governos e organizações da sociedade civil para que o mundo tenha mais saúde.

Há, ainda, muitas palavras para os desafios. A matéria também foi divulgada pelo portal da Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais (SBEF). Vamos a esse excelente texto.

Depois de ter sido 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade, as Nações Unidas anunciaram o período de 2011 a 2020 como a Década da Biodiversidade. O objetivo central dessas celebrações é inserir como pauta prioritária na agenda de governos e da população mundial a preservação do patrimônio natural, propagando a ideia de que ela é essencial para a manutenção de toda a vida no Planeta, o combate às mudanças climáticas e a sustentação da economia global.

Para iniciar a Década, 2011 foi proclamado o Ano Internacional das Florestas. O que se coloca em discussão, neste primeiro ano, é o manejo sustentável de todos os tipos de florestas mundiais, como forma de conter a alarmante taxa de desmatamento e degradação.

Hoje, restam no mundo pouco mais de 20% da cobertura florestal original. Números da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) revelam que, de 2000 a 2010, a cada ano, globalmente, 13 milhões de hectares desses remanescentes foram convertidos para outros usos.

No Brasil, que está entre os cinco países que mais detêm florestas, a perda chegou a 2,6 milhões de hectares anuais. As taxas são menores do que os 16 milhões mundiais e 2,9 milhões nacionais perdidos a cada ano nos anos 1990, mas ainda são assustadoras pelos impactos e perdas a elas associados.

Como conservacionista, é necessário que eu diga: é preciso frear essa destruição. Isso porque, como me parece lógico, não podemos nem destruir e nem usufruir de todo o espaço de terra florestada que existe no Planeta. Até por questões éticas: para ocupar tudo, teríamos que extinguir outras formas de vida. No entanto, a principal razão em jogo é a nossa sobrevivência e qualidade de vida.

Permitir a degradação significa prejudicar o fornecimento de serviços ecossistêmicos essenciais para a vida humana, como a produção de água doce, regulação do clima e a manutenção da qualidade do ar e do solo. Sem esses benefícios, garantir a vida no Planeta como concebemos hoje é uma tarefa impossível. Além disso, o desmatamento contribui para o aumento das mudanças climáticas.

Diante deste cenário, a melhor estratégia para se manter uma parcela indispensável de diversidade biológica, viabilizar sua evolução e os serviços ecossistêmicos providos por ela, bem como manter os estoques de carbono, é preservar em perpetuidade grandes áreas nas suas condições naturais, por meio de unidades de conservação, onde possa sobreviver por tempo indefinido o maior número possível de espécies.

A boa notícia é que, em Outubro de 2010, o Brasil e outros países membros da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) aprovaram na Conferência de Nagoya um plano que tem como uma das metas elevar para 17% a proteção de hábitats terrestres até 2020.

Atualmente, as áreas de floresta destinadas à conservação da biodiversidade somam 12% do total de remanescentes, mas estão irregularmente distribuídas. Outro compromisso assumido pelo país, no âmbito da Convenção sobre Mudanças Climáticas, foi o de reduzir suas emissões de Gases de Efeito Estufa, principalmente as derivadas do desmatamento.

Porém, apesar destes planos e da posição de protagonista nas últimas conferências das convenções das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica e sobre Mudanças Climáticas, o Brasil caminha para uma contradição em termos de posicionamento político.

Enquanto externamente o País defende a permanência das florestas e outras áreas naturais, internamente pode vir a dar um retrocesso de proporções desastrosas. Como garantir o cumprimento dos compromissos assumidos caso as propostas de alteração do Código Florestal, que reduzem consideravelmente nossas áreas de floresta, sejam aprovadas neste ano?

Em vez de adaptar a Lei a favor de quem não a cumpriu, uma forma de garantir esses compromissos seria favorecer aqueles que sempre mantiveram suas reservas legais e Áreas de Preservação Permanente (APPs), contribuindo para a manutenção da qualidade do ambiente e das atividades produtivas.

Nos últimos anos, surgiram diversas alternativas que inserem indivíduos e iniciativa privada em ações de proteção à biodiversidade que beneficiam toda a sociedade.

O Brasil dispõe, por exemplo, de mecanismos inovadores de pagamentos de serviços ecossistêmicos, a exemplo do Projeto Oásis, que premia financeiramente proprietários particulares de terra em regiões de manancial de São Paulo e Apucarana (PR) por conservarem suas áreas naturais.

A Certificação Life, surgida no Paraná e idealizada por um grupo de instituições não-governamentais e empresas, é outro exemplo. Ela atende, inclusive, uma demanda da própria CDB, além de ser uma ferramenta que viabiliza a inserção concreta das empresas na conservação da natureza.

Em uma época em que ser responsável, de fato, é um diferencial para as empresas, vale a pena investir no pioneirismo e aderir a causas efetivamente prodigiosas neste campo. Esses mecanismos, complementares aos esforços públicos para a implementação de unidades de conservação e outras áreas protegidas, podem servir de base para políticas públicas e serem implantados em larga escala no país.

O Brasil possui maneiras de contornar suas dificuldades, cumprir seus compromissos e legitimar seu papel de protagonista no cenário mundial. Só precisa encarar o desafio de implementá-las de forma rápida, abrangente e competente, pois as cobranças virão de dentro e fora.

Internacionalmente, com os eventos do Florestas 2011, da Década da Biodiversidade, das convenções da ONU e da RIO+20 em 2012, o país ficará cada vez mais em evidência, já que detém grande parte das riquezas naturais globais, incluindo a maior floresta tropical, a Amazônia.

Nacionalmente, a sociedade já não aceita mais tão facilmente o discurso de que o meio ambiente é entrave para o desenvolvimento e proclama que soluções efetivas sejam postas em práticas contra o desrespeito pela natureza e pela nossa existência. Nos dois cenários, aqui dentro e lá fora, o Governo precisa desempenhar um papel decisivo para que não venha a se arrepender depois.

publicado por André Lazaroni em 6.4.11 |



sábado, abril 02, 2011


Missão cumprida! Já está na Vandenberg Air Force, base de lançamentos americana localizada na Califórnia, o satélite SAC-D/Aquarius, de fabricação argentina e americana, que foi testado durante meses no Laboratório de Integração e Testes (LIT), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP).

Petrônio Noronha de Souza, chefe do LIT/Inpe, afirmou: “a experiência e o reconhecimento internacional trazidos por esta campanha beneficiarão os futuros programas de satélites atendidos pelo laboratório, assim como a todos os que recorrem ao LIT para testar, qualificar e aperfeiçoar seus equipamentos e produtos”.

Para atender à campanha de testes do satélite SAC-D/Aquarius, o LIT/Inpe ampliou sua capacidade técnica e de gerenciamento. O resultado demonstrou que o LIT está apto a receber e testar sistemas de grande porte e complexidade e simultaneamente acomodar e trabalhar em conjunto com um grande número de técnicos e engenheiros provenientes de vários países.

Ao longo da campanha, mais de trezentos profissionais estrangeiros trabalharam nas instalações do LIT/Inpe, o único laboratório do gênero no Hemisfério Sul capacitado para a realização de atividades de montagem, integração e testes de satélites e seus subsistemas.

Dado o tamanho do satélite e de seus equipamentos de apoio, a operação de transporte do LIT/INPE até o aeroporto de São José dos Campos foi feita em duas fases, entre os dias 25 e 29 de março. Com o embarque do satélite, fruto de cooperação técnico-científica entre a Argentina e os Estados Unidos, o LIT/Inpe encerrou com sucesso uma campanha de testes ambientais e medidas físicas que levou nove meses.

Para a operação completa de transporte do satélite e seus equipamentos, do li/Inpe ao aeroporto, foram necessárias nove carretas, num total de 54 toneladas em equipamentos utilizados no laboratório durante o trabalho de revisão e inspeção do satélite.

Das nove carretas, duas seguiram para a Argentina para retornar equipamentos para instalações localizadas em Bariloche e Córdoba. As sete restantes levaram ao aeroporto uma quantidade de contêineres e caixas suficientes para preencher os compartimentos de carga de duas aeronaves modelo C-17 da Força Aérea dos Estados Unidos.

O volume significativo de equipamentos utilizados na campanha ilustra a dimensão dos trabalhos executados no LIT/Inpe durante nove meses de intenso esforço.

Parabéns ao grande e competente Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), um dos orgulhos da ciência e da tecnologia brasileiras!

publicado por André Lazaroni em 2.4.11 |




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