segunda-feira, fevereiro 28, 2011



O Chile é um país surpreendente na luta contra as mais brutais adversidades. O país dá sempre demonstrações de ânimo e perseverança em episódios que poderiam fazer um povo levar tempo para se recuperar. Entrevista da repórter Renata Giraldi, da Agência Brasil, com o embaixador do Chile no Brasil, Jorge Montero, que divulgo a seguir, é reveladora desse estado de espírito coletivo.

Um ano depois do pior terremoto das últimas cinco décadas, o Chile ainda lamenta os 600 mortos e 200 mil desabrigados, além da perda de prédios públicos e privados que foram levados ao chão. No total, serão investidos cerca de US$ 7,4 bilhões para a reconstrução de casas, hospitais e escolas. Hoje, no país, poucos são os sinais do que ocorreu no dia 27 de fevereiro de 2010, quando, por volta das 4h, o Centro-Sul do Chile foi atingido por tremores de até 8,8 graus na escala Richter e sua costa foi afetada por um tsunami.

Emocionado ao lembrar desse dia marcante na história do país, o embaixador do Chile no Brasil, Jorge Montero, afirmou que o povo chileno vive o lema de “levantar os ombros e seguir adiante”. O diplomata disse que “as adversidades” fazem parte do cotidiano dos chilenos, que aprendem a driblá-las com solidariedade e união, como o que ocorreu também com os mineiros soterrados a 700 metros de profundidade, no Deserto de Atacama, no ano passado.

“Em segundos, você vive a sensação de morte e pensa realmente que vai morrer. Mas tantas tragédias produzem no Chile o espírito de solidariedade e união”, sintetizou o embaixador ao referir-se sobre a sensação de quem vive momentos como o de um terremoto e também sobre a apreensão dos mineiros soterrados. “O chileno tem esta fortaleza.” A seguir, os principais trechos da entrevista de Montero à Agência Brasil.


Agência Brasil (ABr) – Um ano depois do terremoto, é possível tirar alguma lição da tragédia?

Jorge Montero – Sim, é. O chileno está acostumado a viver adversidades, temos períodos de seca extrema, de chuva intensa e assim por diante. Os terremotos são constantes. Eu mesmo vivi três muito fortes, mas este de fevereiro do ano passado foi o pior. Em segundos, você vive a sensação de morte e pensa realmente que vai morrer. Mas tantas tragédias produzem no Chile o espírito de solidariedade e união. O chileno tem esta fortaleza. Também contamos muito com a solidariedade dos países vizinhos, como o Brasil.

ABr – Apesar desta “experiência” com terremotos, já que o país está numa região geográfica que favorece esses acontecimentos, o Chile ainda luta pela reconstrução do que foi devastado.

Montero – É verdade. Cerca de 50% do país foram duramente afetados não só pelos tremores de terra, mas também pelo tsunami, principalmente as áreas rurais sofreram demais. Houve 600 mortos, 200 mil perderam casas e as crianças ficaram um período sem aula. Mas o chileno vive o lema de levantar os ombros e seguir adiante. É o que estamos fazendo. A nossa engenharia se aperfeiçoou a tal ponto que as construções no Chile são feitas para resistir a tremores até um determinado nível de magnitude.

ABr – Na época do terremoto e do tsunami, houve informações de falhas no serviço de alerta. Depois isso se comprovou. Pode ocorrer novamente?

Montero – Lamentavelmente alguns alarmes falharam. Os esforços depois do ano passado são para evitar que novas falhas ocorram. Tudo é muito grave, os tremores de terra e o tsunami, mas entre um e outro, o segundo é assustador. Não é possível prever o tamanho das ondas nem a intensidade que atingirão. É tudo muito rápido e infelizmente muitas pessoas se recusam a deixar suas casas e querem permanecer em lugares arriscados, isso tudo é mais complexo.

ABr – Seis meses depois do terremoto, o Chile enfrentou o drama dos 33 trabalhadores que ficaram soterrados, a 700 metros de profundidade, na Mina San José. Como lidar com tantas tragédias?

Montero – É a nossa história. O Chile é um país mineiro por excelência [mais da metade de exportações do país se refere à exploração de minérios]. O que ocorreu com os mineiros acendeu a luz de alerta do governo para aumentar o rigor na fiscalização das empresas, principalmente as menores, que costumavam desobedecer as normas. Mas são mudanças lentas que dependem do Parlamento e de muita discussão. De toda maneira, a Mina San José está fechada. Por sorte, o final da história dos mineiros acabou bem. Mas não tínhamos segurança sobre o que ocorreria. Pedimos ajuda à Nasa [Agência Espacial Americana], ao Canadá, ao México e a especialistas europeus, entre outros.

ABr – O governo do presidente do Chile, Sebastián Piñera, dá assistência aos mineiros?

Montero – Há uma preocupação para que eles mantenham a qualidade de vida e não estão abandonados. Alguns pretendem voltar a trabalhar em minas, outros se assumiram como estrelas e viajam pelo mundo, como agora esta semana que estiveram em Israel. Há planos para fazer um filme e um livro sobre a história dos 33 mineiros que ficaram [67 dias] soterrados.

publicado por André Lazaroni em 28.2.11 |



domingo, fevereiro 27, 2011



Parabéns à cultura e ao querido município de Nova Iguaçu! A Escola Livre de Cinema (ELC) retomou, ontem (26/2), as atividades, para a alegria de tanta gente! A escola está de fôlego renovado, graças ao patrocínio da Petrobras, com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Foram promovidas, no sábado, várias atividades na reabertura, como uma oficina sobre animação, com a designer gráfica Paula Ordonhes; exibição de filmes produzidos pelas turmas da escola; e uma instalação de 40 autorretratos feitos pelos alunos em 2010.

Vamos à história. Há quase cinco anos, o município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, ganhava a Escola Livre de Cinema, iniciativa inédita numa região de periferia, carente de salas de exibição, plateias e de atividades culturais como um todo.

A origem da escola está no projeto Reperiferia, desenvolvido pela organização não governamental (ONG) Avenida Brasil – Instituto de Criatividade Social, integrada por Marcos Vinícius Faustini, Anderson Barnabé, Alexandre Damasceno e Cristiane Brás.

Afirmou, ontem, Anderson Barnabé, coordenador artístico da ELC, à Agência Brasil: “a nossa ideia era possibilitar que crianças e jovens da periferia tivessem acesso à linguagem audiovisual, que hoje domina a comunicação no mundo, está presente no celular, na internet, e, a partir daí, passassem a falar deles mesmos e do território onde vivem”.

Sem dúvida, a ação renovada dos criadores da Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu haverá de cumprir a meta de seus criadores, que é a de promover a inclusão social por meio da cultura, com base na crença no poder transformador da linguagem audiovisual no mundo de hoje.

publicado por André Lazaroni em 27.2.11 |



quinta-feira, fevereiro 24, 2011



Decisão que demorou a ser adotada. A Coordenação-Geral de Operações do Departamento de Polícia Rodoviária Federal proíbe, desde ontem (23/2), o trânsito de veículos longos nas estradas federais de pista única durante os feriados nacionais.

De acordo com a portaria da PRF, são considerados veículos longos as combinações de Veículos de Carga (CVC) – caminhões que puxam dois ou mais reboques – combinações de Transporte de Veículos (CTC) - caminhões-cegonha - e combinações de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP) – veículos especiais que transportam cargas de dimensões diferenciadas como trator ou guindaste, mesmo com Autorização Especial de Trânsito (AET).

A medida tem o objetivo de dar fluidez e segurança ao trânsito de veículos nas estradas, que aumenta consideravelmente durante os feriados. O descumprimento da determinação da Polícia Rodoviária Federal constitui infração grave, prevista no Artigo 187 do Código de Trânsito Brasileiro, com punição de cinco pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 127,69.

De acordo com o calendário oficial, os feriados são 1º de Janeiro (Ano Novo), 21 de Abril (Tiradentes), 1º de Maio (Dia do Trabalho), 7 de Setembro (Independência), 12 de Outubro (Dia de Nossa Senhora Aparecida), 2 de Novembro (Finados), 15 de Novembro (Proclamação da República) e 25 de Dezembro (Natal).

São pontos facultativos o carnaval, que este ano cai nos dias 7, 8 e 9 de março, a Paixão de Cristo, em 22 de abril, Corpus Christi, em 23 de junho, e o Dia do Servidor Público, em 28 de outubro.

publicado por André Lazaroni em 24.2.11 |



sábado, fevereiro 19, 2011


Boa iniciativa. Comunicação direta de importante órgão de fiscalização e controle com a cidadania: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu consulta pública para discutir novas exigências para o registro de agrotóxicos.

Entre as propostas, a agência pede a apresentação de estudo sobre a avaliação de risco à saúde do trabalhador rural que utiliza o produto. Outra novidade anunciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária é que os estudos sejam feitos em laboratórios com certificação de Boas Práticas Laboratoriais.

Qualquer pessoa pode apresentar, até o mês de março, as sugestões e críticas. Para isso, basta entrar em contato com a agência: portal.anvisa.gov.br/

publicado por André Lazaroni em 19.2.11 |



segunda-feira, fevereiro 14, 2011


Boa iniciativa que chega de São Paulo. O governo do estado lançou, com sucesso, o projeto Mina d’Água, modalidade de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) que visa remunerar produtores rurais que preservarem nascentes existentes dentro de suas propriedades.

É simples o Mina d’Água: o proprietário rural que tem uma mina na propriedade deve preservá-la, recompor a mata ciliar e evitar o acesso de animais. O Fecop, um fundo do governo estadual, passa o dinheiro para as prefeituras e elas fazem a remuneração dos agricultores pela preservação das minas.

Ambientalistas de São Paulo concordam que o projeto Mina d'Água é forma eficiente de estimular a proteção das nascentes de mananciais de abastecimento público, conciliando atividades de preservação com geração de renda principalmente no meio rural.

O governo do estado reservou 3 milhões e 150 mil reais para a fase piloto do projeto. A previsão é de que 150 nascentes sejam protegidas por município, num total de 3.150.

O estado assinou convênios com as cidades de Brotas, Colina, Eldorado, Guapiara, Guararapes, Ibiúna, Novo Horizonte e Santa Fé do Sul. Na fase piloto do projeto estão previstos convênios com 21 municípios, um por Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI).

Os municípios de Assis, Cristais Paulista, Garça, Monteiro Lobato, Piracaia, Regente Feijó, São Bento do Sapucaí e Votuporanga já assinaram convênio com o governo paulista. As cidades de Bertioga, Itapecerica da Serra, Santa Rosa do Viterbo, São João da Boa Vista e Ubatuba estão em processo para firmar a parceria.

publicado por André Lazaroni em 14.2.11 |



domingo, fevereiro 13, 2011




Um passo à frente na luta pela preservação da Caatinga, o único bioma inteiramente brasileiro! A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e a presidenta da Caixa Econômica, Maria Fernanda Coelho, assinaram termo de compromisso para destinar dinheiro do Fundo Socioambiental do banco oficial ao financiamento de projetos voltados ao manejo sustentável dos recursos naturais na Caatinga, com destaque aos que integram a cadeia de insumos da construção civil e que usam matéria-prima proveniente do bioma.

Para o MMA, a destinação de recursos à Caatinga é o primeiro ato do Ano Internacional de Florestas e um momento histórico, porque, além da Amazônia, o Brasil começa a investir em outros biomas. E a Caatinga vai surpreender com projetos inovadores. Essa é a expectativa inicial de todos.

Agora, serão elaborados os editais para as ações de combate ao desmatamento e à desertificação, bem como para o financiamento dos pólos das indústrias de cerâmica e gesso, que fazem uso de recursos florestais (lenha e carvão). A expectativa é que, no segundo semestre de 2011, os projetos sejam contratados e, a execução, iniciada.

As etapas de seleção e apoio à qualificação técnica dos projetos a serem financiados pelo Fundo Socioambiental serão conduzidas pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente, com base nos eixos temáticos prioritários para a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente.

Para Maria Fernanda Coelho, o sertão sempre foi associado à seca, à miséria e à pobreza e será muito importante a reversão dessa visão, mostrando ao Brasil a riqueza da biodiversidade da Caatinga e a possibilidade de se desenvolver e mudar a condição de vida das pessoas com o uso sustentável dos recursos.

A mesma parceria foi estabelecida para projetos de conservação no Cerrado, bioma que já conta com o financiamento de mais de 2 milhões de reais do Fundo Socioambiental da Caixa.

A Caatinga é o único bioma genuinamente brasileiro, com 844 mil km² de área, que se espalha por vários estados do Nordeste e chega até ao norte de Minas Gerais. Seus recursos florestais, ainda utilizados como lenha e carvão vegetal, representam a segunda principal fonte de energia da região e são consumidos, em boa parte, pela indústria da construção civil.

O uso indiscriminado dos recursos naturais da Caatinga já levou ao desmatamento de 45% do bioma, o que contribui para o aumento da desertificação no Semiárido. Se os recursos florestais forem usados de forma sustentável, podem impulsionar o desenvolvimento econômico e socioambiental da região, evitar a desertificação e garantir a sobrevivência das populações sertanejas.

publicado por André Lazaroni em 13.2.11 |



sábado, fevereiro 12, 2011


O que é bom vale divulgar! Parabéns à Secretaria de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, da Prefeitura do Rio, pela promoção do curso de capacitação “Bem receber o turista da melhor idade no Rio de Janeiro”, realizado em um hotel da cidade. O projeto visa à qualificação de profissionais da área do turismo, como agentes e guias de viagens, para o atendimento ao público idoso.

Palestras, seminários, dinâmicas de grupo e fóruns de discussão sobre temas relacionados ao bom atendimento ao turista com mais de 60 anos preparam os profissionais. Alguns dos temas são: “Desafios do turismo na terceira idade”; “Cuidados de saúde, prevenção de quedas e acidentes com o turista da terceira idade”; “Receptividade e hospitalidade para o turista da terceira idade”; e “Alimentação, transporte e entretenimento para a terceira idade”.

Entre os palestrantes do curso de capacitação “Bem Receber o Turista da Melhor Idade no Rio de Janeiro” estiveram o diretor da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati) do Rio, geriatra Renato Veras; o diretor da Faculdade de Turismo da UniverCidade, professor Bayard Boiteux; o historiador Milton Teixeira; a coordenadora da Faculdade de Turismo da Universidade Veiga de Almeida, professora Selma Azevedo; e o ex-diretor do Programa de Envelhecimento e Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), Alexandre Kalache.

publicado por André Lazaroni em 12.2.11 |



sexta-feira, fevereiro 11, 2011


A ameaça da dengue na capital e nos demais municípios é grave! Estamos à beira de uma nova epidemia, terrível mal que todos queremos evitar. Quem não se lembra da morte de diversas pessoas, entre elas crianças pequenas, que foram vítimas da dengue? Quem não tem na memória o lamento angustiado de pais e mães que perderam os filhos de uma hora para outra?

Os bairros da capital que correm os maiores riscos de nova epidemia são Pedra de Guaratiba, Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, todos na Zona Oeste. Nesses bairros, as pessoas não têm abastecimento regular de água e, por isso, fazem armazenamento que em muitos casos não é vedado de forma conveniente.

Vamos agir contra a dengue? Vamos lá! Decisão importante: o Ministério Público do Rio entregou à Prefeitura da capital recomendação no sentido de que os órgãos públicos intensifiquem o combate ao mosquito transmissor, exercendo o seu poder de polícia.

Segundo o MP, as equipes da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil, da Secretaria Especial de Ordem Publica, da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) e outros órgãos públicos devem ter acesso aos imóveis abandonados ou fechados de modo a evitar uma nova epidemia do mal.

A preocupação com a possibilidade de uma epidemia de dengue no estado fará com que as secretarias municipal e estadual de Saúde apresentem, em audiência pública no próximo dia 21, as ações desenvolvidas tanto para o atendimento à população infectada quanto para o combate ao mosquito Aedes aegypti.

Não podemos esquecer. Terça-feira (8/2) foi registrado o primeiro caso de morte por dengue de 2011: uma menina de 9 anos, moradora de Itaboraí, que estava internada no Hospital Santa Cruz, em Niterói, desde 26 de dezembro do ano passado. Como o diagnóstico da dengue foi notificado em 31 de dezembro, o caso fará parte da estatística de óbitos causados pela doença relativa a 2010.

No município do Rio, foram confirmados até agora 1.107 casos da doença, dos quais 948 foram registrados em fevereiro. Em janeiro e fevereiro do ano passado, foram notificados, respectivamente, 113 e 176 casos. No ano inteiro, foram 3.120 casos.

Sobre a possibilidade de uma nova epidemia no Rio, o coordenador de Operações contra a Dengue do município, médico Marcos Ferreira, disse que o aumento nestes primeiros meses do ano já era esperado.

Disse ele: “nós já esperávamos um aumento no número de casos de dengue em razão da reintrodução do vírus 1, além de ser verão, estação propícia à maior incidência do vírus. Por enquanto, a situação está sobre controle, mas nada que evite o nosso estado de alerta. Ainda há também a possibilidade da introdução da dengue do tipo 4, que não foi detectada no estado, o que pode dificultar o controle da doença e de uma possível epidemia”.

O coordenador alertou para os riscos causados pela reintrodução do vírus do tipo 1. Ele explicou que quem tem 24 anos ou menos está mais susceptível ao vírus, uma vez que ainda não contraiu esse tipo do Aedes aegypti.

publicado por André Lazaroni em 11.2.11 |



quinta-feira, fevereiro 10, 2011



Sai do papel e entra em fase de realização efetiva o Atlasur, projeto conjunto do Brasil, Uruguai e Argentina para adaptação aos efeitos das mudanças climáticas na zona costeira. O Atlasur é coordenado pela Unesco e tem o objetivo de encontrar ações que possam ser desenvolvidas na costa dos três países e incorporadas pelos governos na agenda de desenvolvimento e meio ambiente.

Até julho, os ministérios do Meio Ambiente e do Planejamento, estados e universidades vão criar as diretrizes sobre como o projeto Atlasur será desenvolvido no Brasil. O Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF, em inglês), destinará 12 milhões de dólares para o desenvolvimento dos trabalhos do Atlasur, que também terá contrapartida dos três países.

Segundo reportagem de Carlos Américo, da Ascom do MMA, o projeto será dividido em dois componentes. O primeiro levantará informações sobre a zona costeira sul-americana, cenários e efeitos das mudanças do clima na costa e sistemas de modelagem costeira. Com essas informações, no componente de intervenção serão definidas estruturas de gestão da costa, como sistemas de alerta precoce.

A ideia é fazer projetos de curto, médio e longo prazos. O Brasil tem o Macrodiagnóstico da Zona Costeira, da Marinha, que poderá ser usado como base para os estudos. O documento tem informações que orientam ações de planejamento territorial, conservação, regulamentação e controle dos patrimônios natural e cultural.

Para a gerente de Gerenciamento Costeiro do Ministério do Meio Ambiente, Leila Swerts, o grande desafio do Atlasur é no campo institucional. Afirmou ela: “as instituições precisam perceber que há benefícios em fazer do gerenciamento costeiro um instrumento de desenvolvimento do país”.

Os efeitos das mudanças climáticas no litoral vão desde a perda de biodiversidade, erosão e inundações até danos à infraestrutura portuária, energética e de saneamento. Na parte brasileira, o projeto Atlasur será desenvolvido no litoral do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

publicado por André Lazaroni em 10.2.11 |



quarta-feira, fevereiro 09, 2011


É bom saber. No futuro, nós vamos falar muito do tema a seguir. Atento aí? Eis a notícia: a quantidade de carbono sequestrada resultante da adoção de práticas sustentáveis pela agricultura familiar fluminense é monitorada por técnicos do Programa Rio Rural, da Secretaria de Agricultura.
Iniciado esta semana na comunidade Santa Maria, em São José de Ubá, no Noroeste fluminense, o trabalho utiliza uma microbacia como unidade de planejamento.
E como é feito o seqüestro de carbono? Os pesquisadores recolhem amostras de solos e de massa vegetal verde e seca, em mata em processo de regeneração, com aproximadamente 22 anos. Esses indicadores serão usados para medir a quantidade de CO2 capturado, principal gás responsável pelo efeito estufa, e estimar a quantidade de carbono existente.

A iniciativa integra o monitoramento completo coordenado pelo Rio Rural em três microbacias das regiões Norte e Noroeste do estado. O objetivo é acompanhar a evolução dos agroecossistemas por meio de análises de solos, água, biodiversidade e indicadores socioeconômicos.

De acordo com o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, mensurar a quantidade de carbono sequestrado a partir de práticas agrícolas sustentáveis poderá facilitar o cálculo para fins de pagamento por serviços ambientais (PSA) aos produtores familiares que implantam projetos ambientalmente adequados.

A equipe de monitoramento é integrada por pesquisadores da Embrapa Solos e da Universidade Federal Fluminense (UFF), instituições parceiras responsáveis pelo cálculo de carbono e da biomassa verde.
A iniciativa integra o monitoramento completo coordenado pelo Rio Rural em três microbacias das regiões Norte e Noroeste do estado. O objetivo é acompanhar a evolução dos agroecossistemas por meio de análises de solos, água, biodiversidade e indicadores socioeconômicos.

publicado por André Lazaroni em 9.2.11 |



terça-feira, fevereiro 08, 2011



Realidade chocante: o nosso país não vem cumprindo as metas para a proteção de seus biomas estipuladas na Convenção das Nações Unidas (ONU) sobre Conservação da Diversidade Biológica. O pouco que fizemos nesse sentido é quase nada! A constatação está no levantamento da ONG WWF-Brasil, em parceria com o Conselho Nacional Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.

Vejamos o resultado tão negativo dos compromissos internacionais assumidos e não cumpridos pelo Brasil, segundo reportagem de Bruno Bocchini, da Agência Brasil: das 51 metas nacionais que deveriam ser atingidas até 2010, só se concluiu duas na totalidade; cinco não foram executadas, e o restante encontra-se em estágios intermediários de cumprimento.

De acordo com o levantamento, o país não cumpriu a meta de recuperar no mínimo 30% dos principais estoques pesqueiros com gestão participativa e controle de capturas. E não colocou em ação planos de manejo para controlar, pelo menos, 25 das principais espécies exóticas invasoras que mais ameaçam os ecossistemas e não programou projetos de proteção ao conhecimento de todas as comunidades tradicionais dos biomas.

Também não criou políticas para que os benefícios resultantes do uso comercial dos recursos genéticos dos ecossistemas fossem efetivamente repartidos de forma eqüitativa em prol da conservação da biodiversidade.

Segundo a WWF e o Conselho Nacional Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, o país cumpriu apenas a redução média de 25% no número de focos de calor em cada bioma, e também elaborou uma lista amplamente acessível das espécies brasileiras formalmente descritas de plantas, animais vertebrados, animais invertebrados e microorganismos.

Mais descumprimentos de compromissos. O estudo mostra ainda que o Brasil conseguiu atingir apenas em parte a meta de redução na taxa de desmatamento de seus biomas. Não foi alcançado o estipulado pela convenção da ONU, de diminuição de 100% no desmatamento no Bioma Mata Atlântica, de 75% no Bioma Amazônia e de 50% nos demais biomas.

Com o encerramento dos prazos de 2010, e com as decisões tomadas na conferência de Nagoia (Japão), em outubro de 2010, ficaram definidas metas ainda mais ambiciosas para o Brasil. O objetivo agora é aumentar para 17% as áreas protegidas até 2020, praticamente o dobro do que o bioma abriga hoje.

Com vegetação reduzida a 8% da original e distribuída em milhares de fragmentos florestais, a Mata Atlântica convive hoje com ambientes intensamente urbanizados onde se concentram 112 milhões de brasileiros (59% da população) e atividades econômicas que respondem por mais de 60% do PIB nacional.

Apesar das profundas transformações que sofreu ao longo da história, o bioma ainda abriga diversas e raras formas de vida e fornece água, opções de lazer, proteção de encostas e outros serviços ambientais indispensáveis ao desenvolvimento e à manutenção da qualidade de vida das populações. Logo, merece atenção especial de governos, setor privado e sociedade.

publicado por André Lazaroni em 8.2.11 |



sábado, fevereiro 05, 2011



Uma boa nova que levou tempo para ser anunciada e concretizada: o governo federal lança, em abril, uma campanha nacional para promover hábitos de alimentação saudáveis em parceria com a indústria alimentícia. Quem garante a iniciativa salutar é o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Depois de dizer que uma dieta saudável ajuda a melhorar a qualidade de vida, contribuindo, entre outras coisas, para prevenir tumores no sistema digestivo, o ministro afirmou: “estou conversando com toda a indústria de alimentação, varejo, supermercados e indústria de bebidas para que, em abril, seja lançada uma campanha nacional de promoção da alimentação saudável”.
Ontem (4/2), no Rio, Alexandre Padilha participou de encontro preparativo da Conferência de Cúpula das Nações Unidas sobre Câncer e outras Doenças Não Transmissíveis, no Instituto Nacional do Câncer (Inca). Ele repetiu: “queremos, cada vez mais, promover os hábitos saudáveis”.
Para o Ministério da Saúde é importante estabelecer metas de redução dos níveis de sódio, açúcar e calorias nos alimentos. Em 2010, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) editou resolução obrigando constar nos rótulos das embalagens alertas sobre os perigos para a saúde do excesso de calorias e sódio. A iniciativa foi contestada na Justiça pela Associação Brasileira da Indústria Alimentícia (Abia).
Sobre a contestação, declarou o ministro à Agência Brasil: “não fico esperando as disputas se resolverem para ter ações concretas de promoção dos hábitos saudáveis, de redução das metas de sódio, gordura e calorias nos alimentos. Junto com a Anvisa estamos trabalhando em um fluxo prioritário para registro de produtos com menor nível de sódio, de calorias e de açúcar”.

Reitera o Ministério da Saúde: boa alimentação é sinônimo de vida saudável. Por ser um fator ligado diretamente à saúde das pessoas, o ministério tem o compromisso de zelar pela alimentação dos brasileiros e, para isso, é responsável pela Política Nacional de Alimentação e Nutrição.

publicado por André Lazaroni em 5.2.11 |



sexta-feira, fevereiro 04, 2011


Desenvolvimento do Rio de Janeiro em alta! As exportações fluminenses cresceram 48%, em 2010, em comparação ao ano anterior, com o recorde de 20 bilhões de dólares. O resultado superou a alta de 32% das exportações nacionais registrada no ano passado frente a 2009, de acordo com o boletim Rio Exporta, divulgado ontem (3/1) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Com isso, o nosso estado recuperou a terceira posição no ranking nacional de unidades exportadoras, que havia sido perdida para o Rio Grande do Sul em 2009, participando com 9,9% do total embarcado pelo país. Os maiores exportadores continuam sendo São Paulo e Minas Gerais. Reportagem da jornalista Alana Gandra, da Agência Brasil.

“Contribuímos com mais de 16% do saldo comercial brasileiro diante de exportações que crescem de forma bastante acelerada no estado do Rio de Janeiro em relação ao Brasil”, disse à Agência Brasil o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Guilherme Mercês.

Segundo o economista, o crescimento das exportações já era esperado, tendo em vista o desempenho registrado ao longo do ano. Contribuiu para o resultado a entrada em funcionamento da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), cuja produção é voltada integralmente para o mercado internacional.

“Isso beneficiou o estado do Rio de Janeiro em termos de exportações de manufaturados e continuará beneficiando. Podemos prever aí a indústria metalúrgica com recordes de exportações nos próximos anos”, afirmou Guilherme Mercês.

O boletim revela que 16 dos 23 segmentos pesquisados mostraram aumento nas vendas ao exterior, liderados pela indústria do petróleo. As exportações da indústria extrativa mineral evoluíram 64,9%, atingindo US$ 14,9 bilhões. O segundo maior aumento nas exportações foi detectado na indústria automobilística (59%).

O gerente de Estudos Econômicos da Firjan acredita que o ano de 2011 será melhor ainda que 2010. “Esperamos uma performance até melhor em 2011, principalmente pela entrada em ação da siderúrgica e de novas plataformas de petróleo que vão estar operando nesse ano. Portanto, em 2011, as perspectivas são mais favoráveis do que em 2010”, assegurou. A exploração de petróleo na camada do pré-sal terá papel decisivo nas exportações, estimou.

O boletim Rio Exporta informa que a China suplantou os Estados Unidos como principal destino das exportações fluminenses. "Nessa nova dinâmica mundial pós-crise, os países emergentes passaram a ser os grandes vetores do crescimento. E a China é o grande destaque deles. Não só a China, como os países asiáticos foram os principais propulsores das exportações fluminenses, apesar de os Estados Unidos se manterem na primazia das importações”, disse.

As importações feitas pelo estado do Rio também mostraram recorde no ano passado de US$ 16,7 bilhões, subindo 43% frente ao ano anterior. Todos os segmentos industriais ampliaram as compras no exterior, à exceção do fumageiro (fumo).

O segmento de bens de capital, que inclui máquinas e equipamentos, apresentou a maior variação positiva (63%). De acordo com a Firjan, o incremento das importações de bens de capital sinaliza o aumento da capacidade produtiva do estado.

publicado por André Lazaroni em 4.2.11 |



quarta-feira, fevereiro 02, 2011


Uma tarefa dos homens da Engenharia do Exército Brasileiro acompanhada com a atenção e a torcida de milhares de pessoas. Estou me referindo à liberação, ontem à tarde (1/2) da ponte metálica ligando Nova Friburgo a Bom Jardim, na Região Serrana do Rio.

Os dois municípios praticamente ficaram sem interligação por causa da queda de duas pontes de concreto durante as fortes chuvas e as avalanches de terra ocorridas no último dia 12 de janeiro. Reportagem de Vladimir Platonow, da Agência Brasil.

A tão esperada ponte sobre o Rio Grande tem 53 metros de extensão e capacidade para até 30 toneladas. Por causa da fragilidade nas pistas de acesso, que foram carregadas pela correnteza e tiveram que ser refeitas, o limite determinado pelo prefeito de Bom Jardim, Paulo Barros, é de apenas 6 toneladas, o que permite a passagem de carros, caminhões de dois eixos e ônibus.

Desde a queda das pontes de concreto, o percurso dos moradores de Bom Jardim até o município vizinho, onde muitos trabalham, aumentou em quase uma hora. “O mais difícil era socorrer doentes e vítimas dos desabamentos. Eles tinham de vir em uma ambulância e ser carregados nos braços para atravessar uma ponte de madeira. Depois, eram colocados em outra ambulância”, lembrou Jones Pubell, professor em Bom Jardim.

A estrutura metálica veio do município gaúcho de Cachoeira do Sul, em um comboio formado por cinco carretas e dois caminhões. A construção exigiu o trabalho de 90 homens do 3º Batalhão de Engenharia de Combate, do Rio Grande do Sul, e do Batalhão Escola de Engenharia, do Rio de Janeiro.

“Foi um trabalho difícil, porque tivemos que nos deslocar cerca de 2 mil quilômetros com o equipamento”, disse o coordenador-geral da operação, o comandante da 1ª Divisão de Exército, general Oswaldo de Jesus Ferreira.

A operação de trânsito na ponte será controlada pela Guarda Municipal de Bom Jardim. Oito homens do Exército ficarão encarregados de fazer a fiscalização permanente das condições do equipamento. A reconstrução da ponte principal, na RJ-116, deve durar cerca de seis meses.




publicado por André Lazaroni em 2.2.11 |




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