quinta-feira, dezembro 31, 2009

Amigas, amigos!
Mais uma vez desejo com a maior das sinceridades e sentimento de amizade e gratidão: Feliz Ano Novo!
Que o 2010 sejá um tempo de muita saúde, paz, amor, harmonia, sucesso e... muito dinheiro no bolso!
Nos novos dias vamos ter muito trabalho e muita luta. Mas, como já antecipei com a minha intuição política, teremos um 2010 de avanços na luta em defesa do meio ambiente!
A Humanidade se manifestou claramente na COP-15: o planeta Terra, a nossa Mãe Gaia, está enfermo e necessita de cuidados urgentes! Nada de recuos!
Aqui, cariocas, fluminenses e brasileiros em geral exigem o mesmo espírito de luta!
Por isso, a nossa ação continuará sendo firme e permanente!
Vamos à batalha pela ecologia e o desenvolvimento sustentável!
Saudações verdes peemedebistas!

publicado por André Lazaroni em 31.12.09 |



quarta-feira, dezembro 30, 2009

Indignidade! A polícia política da Dinamarca ainda não libertou os ativistas do Greenpeace que estão detidos em Copenhague, desde a COP-15. Essa arbitrariedade comprova que cidadãos pacíficos foram tratados como terroristas pelos dinamarqueses, obedecendo ordens do comando da Organização do Tratado do Atântico Norte (OTAN)! O mundo não pode esquecer essa violência.
O diretor do Greenpeace Brasil, Sérgio Leitão, disse: “o mais injusto dessa prisão é que eles estão pagando por terem representado, em um protesto pacífico, a voz de milhões de pessoas que pediam por um acordo para salvar o clima do planeta”.
Estão detidos na Dinamarca, país que se diz um dos mais evoluídos(?) do mundo:
Juan Lopez de Uralde, diretor executivo do Greenpeace na Espanha. Pai de uma menina de 13 anos e um menino de nove.
Nora Christiansen, norueguesa, trabalhando no escritório do Greenpeace na Dinamarca. É mãe de duas crianças.
Christian Schmutz, coordenador da área de logística do Greenpeace na Suíça. Pai de um menino de dois anos.
Joris Thijssen, do escritório central do Greenpeace, na Holanda. Coordenador mundial da campanha do clima.

publicado por André Lazaroni em 30.12.09 |



terça-feira, dezembro 29, 2009

Aproxima-se o réveillon, 2010 está chegando! O grande poeta Carlos Drummond de Andrade, que olha o Rio que tanto amou de um banco na calçada do Posto 6, vai assistir à virada do ano de óculos novos! Vamos torcer para nenhum vândalo destruir mais uma vez a estátua do poeta maior.
E é com Drummond que eu sinto a nossa Cidade Maravilhosa. Em 1980, ele escreveu sobre o Rio em flor de janeiro: "A gente passa, a gente olha, a gente para e se extasia./ Que aconteceu com esta cidade da noite para o dia?/ O Rio de Janeiro virou flor/ nas praças, nos jardins dos edifícios, no Parque do Flamengo nem se fala: é flor é flor é flor..."

publicado por André Lazaroni em 29.12.09 |



segunda-feira, dezembro 28, 2009

A lei que institui a Política Nacional de Mudanças Climáticas foi sancionada, hoje, pelo presidente Lula, que vetou 3 artigos do texto aprovado pelo Congresso Nacional. A meta de redução das emissões de gases de efeito estufa, entre 36,1% e 38,9% até 2020, anunciada por Lula na COP-15, foi mantida.

A lei prevê a edição de decreto presidencial para estabelecer como a meta será atingida, com detalhamento específico a ser cumprido por cada setor da economia do país. O decreto será editado em fevereiro próximo. Enquanto isso, o governo vai discutir com setores da sociedade civil e governos estaduais a redução nos gases de efeito estufa.

O ministro Carlos Minc disse que, apesar de a Cúpula sobre Mudanças Climáticas de Copenhague ter sido considerada um fracasso, o Brasil vai fazer a sua parte ao cumprir as metas prometidas durante o encontro.

publicado por André Lazaroni em 28.12.09 |



Em 2009, a luta pelo meio ambiente e o desenvolvimento sustentável ganhou um grande apoio com o crescimento das mídias sociais. Como parlamentar, presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj e como militante do movimento verde, sou testemunha dessa ação que não para. Espero que em 2010 o papel das mídias sociais tenha um desenvolvimento ainda maior.
Essas ferramentas, que não têm ligação editorial e não se submetem a grupo algum, permitem um compartilhamento social realmente fantástico. Com os blogs, Twitter, YouTube, Facebook, Flickr e outras extensões, denúncias e sugestões são feitas, graves problemas são solucionados.
Do gabinete, ou do meu automóvel, em viagem pelo interior do estado, aciono instantaneamente as equipes da CDMA, para o atendimento de emergências. Cada vez somos mais rápidos em benefício da cidadania. Saudações verdes peemedebistas!

publicado por André Lazaroni em 28.12.09 |



2010. Vem aí um ano difícil, de muitas lutas e desafios. Os próximos 365 dias serão, como tem sido este ano que termina, mais um tempo decisivo para a defesa do meio ambiente e o bem-estar social de cariocas e fluminense.
Além de tudo, nossa cidade e nosso estado terão que ir se preparando para a realização de dois megaeventos que vamos sediar: a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Haverá uma arrancada nos investimentos de infraestrutura e na indústria de base. O Rio de Janeiro vai mudar. E a ecologia tem que ficar no centro das preocupações. Vamos cobrar isso.

publicado por André Lazaroni em 28.12.09 |



sábado, dezembro 26, 2009

Um dia para não ser esquecido: 26 de dezembro de 2004. Há exatos 5 anos, um tsunami (maremoto) devastou milhares de cidades e aldeias de diversos países do Oceano Índico, provocando a morte de quase 250 mil pessoas.

Há poucas horas, numa lembrança trágica do tsunami, um terremoto de 6,7 graus de magnitude atingiu a ilha de Maluku, no leste da Indonésia. Nenhum alerta de tsunami foi emitido até o momento.

O tsunami de 26 de dezembro de 2004 foi provocado por um terremoto de magnitude 9,1 e, além das mortes, causou prejuízos de US$ 10 bilhões na Indonésia, Tailândia, Sri Lanka e Índia.

Reflexão: é impossível se evitar as consequencias de um tsunami, mas é possível se prever a ocorrência do fenômeno e diminuir seus efeitos devastadores. Os Estados Unidos já possuíam, à época, satélites e equipamentos meteorológicos que não repassaram seus dados aos países asiáticos.

Os ricos têm obrigações de ajudar os pobres. Nesse sentido, o Brasil dá um exemplo e uma lição ao mundo. Um satélite de observação do INPE ajuda países africanos a prever mudanças bruscas de tempo, a mapear áreas desmatadas e o avanço de desertificação.

publicado por André Lazaroni em 26.12.09 |



quinta-feira, dezembro 24, 2009

Como parlamentar representante da sociedade civil organizada preocupada com a questão social e a defesa do meio ambiente, sinto-me feliz, honrado e consciente do meu trabalho na Alerj e em tantos outros fóruns, como a COP-15. Continuaremos juntos com o mesmo espírito de luta! Quero desejar a você aos demais amigos, além de um Feliz Natal, um maravilhoso Ano Novo 2010! Saudações verdes peemedebistas!

publicado por André Lazaroni em 24.12.09 |



Será lançado, na segunda quinzena de janeiro, em Brasília, o Plano Nacional de Ação para a Produção e Consumo Sustentável, do Ministério do Meio Ambiente, que estará aberto à consulta pública durante 45 dias. Depois disso, o plano será finalizado até abril e levado à sanção do presidente Lula.

O Plano de Consumo Sustentável prevê, dentre outras iniciativas, marcos regulatórios para a aplicação de diferentes instrumentos, como a compra de materiais sustentáveis nas licitações governamentais. Também serão incluídos pontos como a capacitação em produção limpa, fomento ao varejo sustentável, campanhas públicas e inovação e o uso de tecnologia limpa pelo setor produtivo, bem como a adoção da logística reversa.

publicado por André Lazaroni em 24.12.09 |



quarta-feira, dezembro 23, 2009

Sinal dos tempos: a cidade de El Alto, no altiplano boliviano, já não tem água encanada para distribuir à população. O reservatório municipal recebia água das geleiras andinas, que estão derretendo rapidamente. O jornal "New York Times" publicou extensa reportagem sobre o assunto, assinada pela repórter Elisabeth Rosenthal.

Quando eu estava na COP-15, em Copenhague, escrevi breve relato sobre o garoto boliviano Darwin Peña, de 17 anos, que viajou à Dinamarca, levado pelo Unicef, órgão das Nações Unidas para a infância, para fazer essa denúncia. Na Bolívia, hoje, falta água nas torneiras e há muita inundação nas cidades. Tragédia ambiental. E há muita gente importante que diz que esse tipo de denúncia é...fantasia!

publicado por André Lazaroni em 23.12.09 |



terça-feira, dezembro 22, 2009

2010 marcará uma etapa decisiva na história da Comissão de Defesa do Meio Ambiente, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio, que tenho a honra de presidir. Vamos ampliar mais o seu raio de ação. Vamos proteger decisivamente a fauna e a flora. Vamos coibir, sem trégua, as violações das leis ambientais e atacar os poluidores de toda espécie. Ainda no exterior, vi e comentei, com alegria, a notícia vinda da Espanha: o Parlamento da Catalunha proibirá, por lei a ser votada em abril, a realização de touradas. Essa decisão é animadora para todos aqueles que defendem a vida animal, como fazemos aqui em nosso Estado. Mais uma vez, olé!

publicado por André Lazaroni em 22.12.09 |



domingo, dezembro 20, 2009

Estou voltando da COP-15 e trazendo comigo uma dose forte de otimismo e esperança. O encontro mundial não deu os resultados que a Humanidade esperava, mas fortaleceu a convicção de todos de que é preciso lutar mais, muito mais em defesa do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável. O controle das emissões de gases poluentes lançados na atmosfera vai sair mais cedo ou mais tarde, apesar dos interesses das grandes nações. Nossos filhos e nossos netos têm que herdar uma Terra sadia.

Tenham certeza: a Educação Ambiental será cada vez mais aplicada e ensinada, em especial às crianças do Brasil e do mundo. É estudando que aprendemos e divulgamos, com exemplos, noções fundamentais de cidadania. Ninguém viverá sem Educação Ambiental.

Meio ambiente e mudanças climáticas serão temas importantes da campanha eleitoral de 2010, seja entre os candidatos à Presidência, governos estaduais, Senado, Câmara e assembléias legislativas. A campanha explodiu na COP-15.
Além da brutal repressão policial e da má organização, a COP-15 teve outro ponto negativo: a alimentação servida nos restaurantes oficiais. Muita gente comeu cachorro quente, de carrocinhas, por mais de duas semanas...

O Brasil reduziu cerca de 1 bilhão de toneladas de carbono de suas emissões nos últimos quatro anos, graças à diminuição no desmatamento da floresta amazônica, algo que nenhum outro país conseguiu no período.

REDD, sigla misteriosa que circulou muito em documentos da COP-15: Eis o que ela significa: Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal. REDD são ações que ajudam a promover direta ou indiretamente a redução do desmatamento e da degradação das florestas e que resultam - é lógico - em diminuição das emissões. O Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAM) é exemplo de ação de REDD bem como todos os seus componentes.

publicado por André Lazaroni em 20.12.09 |




Palavras do presidente Lula na plenária final da 15a. Conferência da ONU sobre o Clima: “o mundo não chegará a um acordo climático com meias palavras e barganhas, sem um compromisso forte com metas de redução de emissões de CO2 e a garantia do direito das nações mais pobres de se desenvolverem”.

Estados Unidos e China tentaram passar uma rasteira no mundo, mas saíram da COP-15 como vilões. O acordo que propuseram foi rejeitado pela Venezuela, Bolívia, Sudão, Ilhas Tuvalu e outros países.

Shame! Vergonha! É o que repetem ainda hoje os cidadãos do mundo sobre o resultado da COP-15.

Reiterando: Barack Obama deixou uma péssima impressão entre os mais de 35 mil visitantes da Dinamarca. Ele se mostrou refém dos piores interesses corporativistas.

Grande figura na COP-15: o embaixador brasileiro Sérgio Serra. Ele é outro que trabalhou muito, dormiu pouco, alimentou-se mal. Mas foi recompensado pelos aplausos gerais. Frase do embaixador, sobre o legado da conferência do clima das Nações Unidas, na Dinamarca: “o Acordo de Copenhague só conta com a adesão de 26 países, mas o acerto firmado é representativo. O Brasil não sofreu nenhuma cobrança, até porque desde o início o presidente Lula se colocou ao lado dos países em desenvolvimento”.

publicado por André Lazaroni em 20.12.09 |



sábado, dezembro 19, 2009


Acabou de forma melancólica a reunião de líderes mundiais onde se discutiu, e não se aprovou, um novo tratado para o clima. Tudo ficou para 2010, na Cidade do México. Lula e Obama voltaram para casa. Sarkozi, da França, aliado de Lula, ficou no que restou ds COP-15 para tentar costurar alguma coisa de proveito, com chances mínimas de êxito. Os Estados Unidos se saíram tão mal na COP-15 que é bem provável que recebam o “Prêmio Fóssil do Ano”, galardão à mediocridade.
Sabem qual o significado da sexta-feira, dia 18? Dia mundial da ação pelo clima. Coincidência? Enquanto governantes fracassavam na mesa de negociação, milhões de pessoas em todo o mundo pediram um acordo para substituir o capenga Tratado de Kioto. Em Copenhague, valeu pela alegria e emoção, apesar das ameaças e ranger de dentes da brutal polícia dinamarquesa.

publicado por André Lazaroni em 19.12.09 |



Obama perde prestígio internacional rapidamente. Opinião geral na Europa: o presidente é prisioneiro das maquinações do grande capital e dos políticos reacionários que agem no Congresso norte-americano.

Quem também ciscou daqui pra li foi a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton. Inutilmente.

Escrevi há quatro dias: “aqui na COP-15 não vai dar coluna do meio. Ou um tratado seguro e progressista será assinado, ou haverá um terrível retrocesso. Vamos aguardar o passar das horas. E torcer e... rezar!” Torcemos e rezamos e... tudo ficou na mesma. Venceremos no futuro!

Não é catastrofismo. Sem um novo acordo, as emissões de gases de efeito estufa podem aumentar e a temperatura da Terra chegará aos 3ºC num futuro próximo. Áreas baixas como a Holanda, Miami e outras cidades da Flórida e países insulares do Oceano Pacífico serão varridos pelas águas.

Fato novo emergiu da conferência do clima: a Humanidade mostrou notável visão crítica sobre a questão e não permitirá retrocessos. Como diz o slogan da empresa de mudanças, “o mundo gira e a Lusitana roda.” É isso mesmo. O mundo roda, estamos mais exigentes.

Quem ri como hiena pelos corredores da COP-15 é o senador norte-americano James Inhofe. Reacionário, ele diz que aquecimento global e desenvolvimento sustentável são coisas de comunistas. Valei-nos, Jesus, Maria e José!

José Carlos de Almeida Azevedo, reitor da Universidade de Brasília na ditadura militar, também é contra a limitação das emissões de CO2. Ele é daqueles que acham que Galileu Galilei, Isaac Newton e a psicanálise são fraudes.

Prestígio é isso: o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) assume, em 2010, a presidência do Comitê de Satélites de Observação da Terra (CEOS na sigla em inglês). A instituição reúne 28 agências espaciais e 20 organizações, com o objetivo de coordenar o intercâmbio global de dados obtidos pelos satélites em órbita ao redor da Terra.

Repercute a opinião do o pesquisador José Marengo, do INPE: “as constatações científicas a respeito do aquecimento do planeta devem ser consideradas mais seriamente e não apenas quando acontece algum desastre natural, pois não há tempo para inação. O clima não obedece acordos ou protocolos”.

Os valorosos defensores da vida na Terra merecem a frase de Antoine de Saint-Exupéry, jornalista, aviador e autor francês de “O pequeno príncipe”: “aqueles que passam por nós não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”.

publicado por André Lazaroni em 19.12.09 |



sexta-feira, dezembro 18, 2009

A Conferência das Nações Unidas sobre o Clima chega ao fim, em Copenhague, como começou: desorganização, violenta repressão policial e muito frio.

Recorde negativo do Brasil na Conferência do Clima, em Copenhague: nossa delegação é a mais numerosa. 743 pessoas. Como base de comparação, a China tem 233 representantes, Estados Unidos 195, México 31 e Índia 55.

A delegação brasileira é um balaio de gatos. Nela há cientistas, técnicos e pesquisadores de entidades exemplares como o Ibama, Embrapa e INPE e fazendeiros, industriais e especuladores financeiros contrários ao avanço social e ao controle rigoroso das emissões de CO2 na atmosfera.

Mala sem alça (das grandes) presente à COP-15: Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, o tal que nega o extermínio de judeus pelos nazistas, na Segunda Guerra Mundial, e a existência de homossexuais em seu país.

Outra mala, verdadeiro container: Robert Mugabe, ditador há 19 anos do Zimbábue, país da África Austral, limitado ao norte e leste por Moçambique. A maioria dos zimbabuanos vive na miséria extrema.A inflação no Zimbábue tem hiperinflação recorde anual de 11.200.000%. Para comprar três bananas, o infeliz do zimbabuano leva à feira uma carroça e um carrinho de mão carregados de dinheiro. E não recebe troco.

Mala ausente da COP-15, por motivos óbvios: o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, agredido no rosto, há poucos dias, durante ato político em Milão.

Não demora e vai sair o nosso placar final dos malas e figuras que brilharam na conferência. Destas, sem dúvida um nome é o de Al Gore, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos.

publicado por André Lazaroni em 18.12.09 |





Já arrumo a mala e me preparo para voltar. Não demora e eu e Maria Alice chegaremos ao Rio, saudosos de todos vocês. Confesso: em minha memória. a COP-15, de Copenhague, será tão inesquecível como a ECO-92 (RIO-92). Aqui, apesar dos pesares, sinto que a Humanidade não aceita retrocessos na defesa da saúde deste nosso planeta Terra tão azul, como o definiu o astronauta Yuri Gagárin.
Na conferência do Rio, que assisti ao lado de minha mãe, a professora Dalva Lazaroni, o conceito do desenvolvimento sustentável e a Agenda 21 se consolidaram. As nações firmaram o compromisso de refletir, global e localmente, sobre a forma que todos, governos, empresas, organizações não-governamentais e setores da sociedade civil devem cooperar no estudo de soluções para os problemas sócio-ambientais.
Apesar dos que defendem o atraso e o status quo ambiental, favorável aos predadores do clima, a roda da História segue o seu rumo: o bem-estar de todos. Disso, tenho certeza. Como afirmou o genial astronomo Nicolau Copérnico, “a sabedoria da natureza é tal que não produz nada de supérfluo ou inútil.”

publicado por André Lazaroni em 18.12.09 |



quinta-feira, dezembro 17, 2009


Em um total desrespeito aos países pobres e em desenvolvimento, os ricos insistem que nós continuemos a pagar a conta de uma despesa feita por eles. Não compactuamos com isso.
Indignados, lamentamos o uso do dinheiro público para a realização desta farsa internacional, que pretende ludibriar os desinformados e subestima a capacidade de reagir da população mundial. Os gastos foram tantos, principalmente com delegações imensas, que os valores dariam para acabar com a fome em nações de todos os continentes.
Estranhamos a participação de conceituados empresários e representantes de ONGs que se prestaram ao vergonhoso papel de capachos das nações ricas e poderosas, inclusive oferecendo jantares e festas, com a clara intenção de tumultuar o processo do acordo na Conferência do Clima patrocinada pelas Nações Unidas, na Dinamarca.
Queremos deixar bem claro: somos favoráveis ao entendimento. Torcemos para que, cada um e todos aqui presentes, encontrem o meio termo e que despidos do egoísmo e da ganância, marca registrada dos poderosos, sejam capazes de decidir em favor da Humanidade. Assim sendo, não compactuamos com as desigualdades criadas pelo desentendimento que pode nos conduzir ao fracasso. Perder esta oportunidade pode comprometer o destino desta e das futuras gerações.

Bernardo Ariston – Deputado Federal (PMDB), pelo Estado do Rio de Janeiro

André Lazaroni – Deputado Estadual (PMDB), pelo Estado do Rio de Janeiro

publicado por André Lazaroni em 17.12.09 |



O presidente Barack Obama, dos Estados Unidos, chegará amanhã a Copenhague. Ele desce no aeroporto e vai direto para o Bella Center, para discursar para o mundo. Há um esquema de segurança cada vez mais pesado e rigoroso.

Hillary Clinton já está por aqui. A secretária de Estado norte-americana vai ter seu dia de publicidade. Amanhã, quem reinará serão os pesos-pesados: Obama, Lula, Sarkozy, Hu Jintao e outros menos votados.

Opinião de Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente brasileiro: “a delegação americana faz tanta lambança e se porta de maneira tão equívoca que parece que a coisa é de propósito. Será que eles vão deixar para o Obama discordar de tudo o que fizeram e anunciar metas fantásticas para as emissões de CO2?” Será, pergunto eu.

Mais do Carlos Minc: “se Obama não se portar como grande estadista ele terá que devolver o Prêmio Nobel da Paz à Academia Sueca.”

Não houve a passeata programada para hoje ao meio dia, pois a polícia dinamarquesa impediu. As pessoas saiam da conferência oficial para encontrar os militantes na rua. A repressão foi tanta que a polícia conseguiu inibir a manifestação e dispersar todo mundo.

De vez em quando é anunciada a existência de bombas prestes a serem detonadas. O céu está coberto por helicópteros e tem tanto policial pelas ruas que a nossa impressão é a de que a Dinamarca vive em estado de guerra.
A Dinamarca, tão fria, bela e pequenininha, vai se assemelhando a um grande presídio. Haja tropas do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para vigiar, hoje, 40 mil visitantes.

A neve cai do céu como flocos de algodão, com tanta intensidade, tão forte, que não dá ânimo para sair de casa. Carros cobertos de neve, ruas se assemelham a tapetes de gelo e os flocos de neve transformam a paisagem. O frio é de cortar a carne da gente. As filas para entrar no Bella Center são intermináveis e, agora, a polícia só deixa entrar um representante de cada ONG.

Foi montada uma árvore de Natal, em uma praça de Copenhague, iluminada por energia gerada por bicicletas. Isso mesmo. As pessoas pedalam nelas, geram energia e a luz se faz. Economia de energia elétrica, de dinheiro. Podemos comparar com a árvore da Lagoa, que possui 3 milhões de lâmpadas e gasta muita energia. Vamos fazer uma campanha para esse exemplo ser seguido no Rio e no Brasil? Opiniões, por favor.

publicado por André Lazaroni em 17.12.09 |




Direto da sala de reuniões, participando da discussão sobre mudanças climáticas, ao lado dos representantes dos países membros da ONU, aonde até agora não se chegou a nenhum acordo, sinto uma vontade imensa de me comunicar com o povo brasileiro para falar dos sentimentos que me envolvem. Indignação e descrença, misturadas à esperança vontade de querer.
Muitos países questionam a quebra do protocolo de Kioto, mas se esquecendo de que Kioto ficou para trás. A hora é de ousar, de arriscar. Como diz Al Gore, “quem não arrisca nada, arrisca tudo”. Há que se sair daqui de Copenhague com um compromisso firmado, que leve em conta a realidade de cada país, talvez até uma moratória de crescimento, mas que retrate o pensamento e as necessidades da Humanidade.
Então, cada vez mais, reforço a ideia de que os povos devem decidir, numa votação mundial, sobre as mudanças radicais nos hábitos de consumo e no do consumismo exagerado.
As mudanças climáticas são inevitáveis. Sem retorno. Mas ninguém quer pagar a conta e começa então o jogo de empurra. Temos que prestar muita atenção nos acontecimento e agir. Nós não podemos pagar a conta sozinhos.
Percebo apreensão nos olhares dos negociadores que estão a minha volta. Decide-se o futuro do Planeta e, nesse momento, são sete brasileiros, divididos em vários grupos de discussão, debatendo o documento base. Acreditam eles, os norte-americanos perderam força, isso é púbico e notório, pois não conseguiram impor sua agenda aos países em desenvolvimento. Quem vai ganhando peso político nesta luta é o Brasil. A parceria com a França tende a crescer e , tudo leva a crer, se tornará nosso principal aliado, bem mais do que os países do BRIC.
Podemos cometer alguns deslizes no meio deste processo todo, mas estamos resitindo.

publicado por André Lazaroni em 17.12.09 |




Todos nós que participamos oficialmente da COP-15, aqui em Copenhague, estamos cansados, com certa tensão e vivendo horas de muita expectativa. Quem está lá fora, nas ruas e avenidas, fez e faz a pressão que pode, sofrendo violenta repressão policial. Nas salas e auditórios lotados, discutimos e debatemos muito, enquanto diplomatas, técnicos e cientistas formularam planos e propostas.

Agora todo mundo dá a vez a quem vai decidir o futuro do clima: os chefes de estado e de governo. São os maiorais que vão cantar de galo. A hora H se aproxima. Será na sexta-feira, dia 18. Todo mundo espera a posição dos grandes, especialmente dos Estados Unidos. O que Barack Obama vai propor? Ou não vai propor?

Em conversas com delegados e parlamentares de países dos diversos continentes, senti o temor deles por uma radicalização dos poderosos. Eles não só podem recusar metas de redução de emissões como as apresentadas pelo Brasil, como também abandonar o próprio Tratado de Kioto, que os Estados Unidos de George Bush não assinaram! Tudo é possível. Aqui na COP-15 não vai dar coluna do meio. Ou um tratado seguro e progressista será assinado, ou haverá um terrível retrocesso. Vamos aguardar o passar das horas. E torcer e... rezar!

publicado por André Lazaroni em 17.12.09 |



Faltam apenas dois dias para chegarmos ao final da COP15 e eu, sinceramente, torço para que não saiamos daqui de mãos vazias. A Natureza não negocia e não transige a sua destruição e, mais cedo ou mais tarde, se revolta e retoma o que é seu.
Não há uma segunda chance. E a hora é agora! Este é o momento dos governantes, dos quase duzentos países do Planeta, esquecerem o Tratado de Kioto, prepararem e assinarem um novo documento, que viabilize não somente a redução do CO2 lançado na atmosfera, mas que garanta às gerações futuras o direito à vida.
Eu proponho uma eleição mundial para daqui a cinco anos. Neste período os chefes de Estado seriam obrigados a patrocinar educação ambiental a sua gente e ensinar cidadania a todos. Assim, com as pessoas conscientizadas, elas seriam capazes de votar no destino que querem para a humanidade. O resultado seria em favor da Natureza.
Esse processo geraria polêmica? Claro! Mas isso é muito bom, pois “é da discussão que nasce a luz”. E se nada acontecesse, pelo menos as questões ambientais passariam a ser do conhecimento de todos e não apenas de uns poucos privilegiados. No final, seriamos milhões de vozes a fazer coro em favor da Natureza.

publicado por André Lazaroni em 17.12.09 |




“Nossa! Como tem polícia na rua! Nunca vimos tantas pessoas armadas assim!”
Isso é o que mais se ouve pelas ruas de Copenhague, dito não só por nós, participantes da COP15, mas pelos nacionais dinamarqueses. De vez em quando somos obrigados a mudar de rua ou a evitar outra. Constantemente desviamos o percurso usual, que nos leva até o Bella Center, por causa das denúncias da existência de bombas no meio do caminho. Aí, é um corre-corre danado, que gera medo, pânico, tumulto...
Neste clima, dividida entre a surpresa e o despreparo, a cidade assiste a chegada dos lideres globais. A surpresa fica por conta da quantidade de gente que chega a Copenhague, que não era esperada. A previsão era de trinta mil pessoas e já passa dos quarenta e cinco mil. Quanto ao despreparo a gente pode senti-lo pela desorganização existente. Ninguém se entende, tanto que
as autoridades locais se acusam, apontam o dedo umas para as outras e se agridem. Muita roupa suja lavada em público e intrigas palacianas gerando conflitos.
A coisa por aqui anda tão feia que a Ministra do Meio Ambiente da Dinamarca se demitiu, ontem, da presidência da COP15, renunciando ao cargo em favor do Primeiro Ministro do pais, que acaba de assumir os trabalhos da Conferência.
Tudo isso me faz lembrar Hamlet quando ele diz: “ Há algo de podre no reino da Dinamarca!” Shakespeare criou o personagem Hamlet baseando-se na história da Dinamarca, o mais antigo reinado do mundo, onde era comum haver traições, intrigas e matanças na disputa pelo trono. O pai da literatura inglesa ouviu falar sobre estas histórias e, inspirado nelas, criou Hamlet, tecendo a famosa trama teatral, onde o personagem mata seu tio e depois a própria mãe.
Agora, parafraseando Shakespeare, com todo respeito, eu digo: “Há algo de podre no reino global. Os personagens da COP15, os poderosos chefões do mundo, patrocinam a extinção dos seres viventes e asfixiam a própria Mãe Terra”.
Daqui a algum tempo, com certeza, nascerá um novo Shakespeare que escreverá sobre essa gente. Até por que o Planeta sobreviverá a eles.

publicado por André Lazaroni em 17.12.09 |




O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai dizer ao mundo, hoje, na conferência da ONU sobre o clima, qual é a proposta brasileira para diminuir a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e o desmatamento na Amazônia.O discurso de Lula é aguardado com expectativa por todas as delegações. Ontem, num café da manhã no hotel onde está hospedado, ele discutiu detalhes da proposta brasileira com os ministros Celso Amorim, Carlos Minc e Dilma Rousseff. Às 18h30 de hoje, Lula dará uma entrevista à imprensa, na Sala Elvira Madigan do Bella Center.

O compromisso voluntário do Brasil prevê a diminuição das emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 39,8% até o ano 2020, com um custo estimado de US$ 166 bilhões nos próximos dez anos. A redução do desmatamento na Amazônia está estimada em 80%, também até 2020 e no valor de US$ 20 bilhões. O Brasil não espera arcar sozinho com esse dinheiro todo. Quer ajuda da comunidade internacional.

publicado por André Lazaroni em 17.12.09 |




Ontem, dia 16/12, depois de assistirmos algumas palestras no Bella Center, fui dar uma volta pela cidade para saber o que está rolando em prol de um mundo melhor.
Resolvi deixar a minha bike de lado e caminhar pelas ruas atapetadas de gelo, pois não sei pedalar na neve. Verdade! Confesso, tive medo de levar um tombo.
Mesmo nevando muito, os ciclistas não param, inclusive, vi uma criança, não tinha mais que 2 anos, fazendo peripécias na sua “magrela” sem rodinhas. A impressão que tenho sobre a Dinamarca, é que, quando nasce um bebê, o berço é uma bicicleta e ela não aprende a andar, mas a pedalar. E mais: se no Brasil o primeiro presente dado as meninas é uma boneca e aos meninos é uma bola ou um carrinho de fricção, na terra de Andersen é uma bike.
Brincadeiras a parte, devo admitir, Copenhague está deslumbrante, tanto que me sinto como se estivesse dentro de um cartão de Natal.
Deparei-me com uma árvore gigante enfeitada com motivos natalinos. Linda! Toda iluminada, lembrava, mantidas as devidas proporções, a árvore da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Cidade do Rio de Janeiro.
No entanto, um fato curioso despertou a minha atenção: no entorno daquela bem decorada árvore, eu contei, estacionadas e enfileiradas, formando uma imensa roda, vinte bicicletas. Isso mesmo, uma imensa roda de bicicletas.
Sem conter a minha curiosidade, perguntei ao policial mais próximo do que se tratava. Muito gentil, ele explicou: “as bicicletas estão equipadas com tecnologia moderna para gerar energia limpa, que acende as lâmpadas e ilumina a árvore. Para gerar a energia que abastece as luminárias, as pessoas sentam nas bicicletas e pedalam. Esse um ato propulsor de energia. As bikes são acopladas em um dínamo e, com o pedalar, vai-se gerando energia. Isso não é fantástico? Além da arvore ficar linda, as bikes se tornam uma boa diversão para os que passam por ali.
Para o próximo ano, podemos convencer o Bradesco a fazer o mesmo com a árvore da Lagoa. Vai ser uma obra prima da tecnologia contemporânea: milhares de bicicletas estacionadas no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas, como a abraçá-la, sendo pedalada por milhares de pessoas, gerando energia para acender as 3 milhões de lâmpadas ali instaladas.
E o titulo bem que poderia ser: “BICICLETAS ABRAÇAM A LAGOA A ENERGIA HUMANA.”

publicado por André Lazaroni em 17.12.09 |



quarta-feira, dezembro 16, 2009


Hoje, aqui na COP-15, brasileiros promovem um painel paralelo para discutir a contribuição da moratória da soja na redução do desmatamento no país. O evento é promovido pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e vai mostrar como a parceria entre sociedade civil e governo pode viabilizar a produção sustentável desse grão.
O compromisso firmado pelas empresas de processamento e exportação de soja é não comercializar o produto oriundo de áreas desmatadas na Amazônia e vale até julho de 2010. Vão ser expositores: Carlo Lovatelli, presidente da Abiove e da ABAG – Associação Brasileira de Agribusiness: e Paulo Adario, diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace. Se puder, comparecerei.

publicado por André Lazaroni em 16.12.09 |



Grande parte da delegação brasileira é formada pelo pessoal do Ministério do Meio Ambiente, Ibama e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). São técnicos e cientistas competentes e que trabalham muito. Pois bem: essa gente está desapontada com o papel secundário que o governo federal reservou ao ministro Carlos Minc em favor da ministra Dilma Rousseff. Dilma já desmentiu ou corrigiu Minc três vezes e em público.

O arcebispo sul-africano Desmond Tutu, Prêmio Nobel da Paz, e um demolidor da política racista do apartheid, ao lado de Nelson Mandela, é badaladíssimo aqui em Copenhague. Tutu se junta às multidões que pedem um tratado seguro em favor do meio ambiente e participa de numerosos eventos oficiais. É dele a frase do dia: “Não somos amados por sermos bons. Somos bons porque somos amados.”

A FIFA patrocina um ranking das grandes seleções de futebol. O Brasil está quase sempre em primeiro lugar. Agora, somos os tais também em ecologia. O Brasil lidera o Índice de Desempenho em Mudanças Climáticas, patrocinado pela ONG Germanwatch. E quem é um dos nossos craques? Certamente o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o nosso INPE. A Suécia está na vice-liderança.

A delegação das Maldivas, pequeno país composto de 1.196 ilhas, no Oceano Índico, ao sudoeste da Índia e Sri Lanka, faz muito barulho na COP-15. Ela interrompe reuniões, grita, esbraveja. Maldivas quer ouvida. E tem um argumento forte e emocional a seu favor: o aquecimento global, que eleva o nível do mar, ameaça a vida no arquipélago, um dos paraísos da terra.

publicado por André Lazaroni em 16.12.09 |




Quero falar um pouco, nesta quarta-feira, aqui de Copenhague, de uma brasileira extremamente competente, admirável e... Prêmio Nobel da Paz: Suzana Kahn, secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente. Para usar uma linguagem do futebol, Suzana dá um show de bola. Ela ganhou o Nobel da Paz, em 2007, integrando a equipe do Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima (IPCC), das Nações Unidas. Outro agraciado naquele ano foi o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore. Como se vê, além de craque em meio ambiente Suzana está sempre acompanhada de gente nota 10.

Para Suzana Kahn, a COP-15 é capítulo de um longo processo. Suas expectativas são otimistas, mas realistas. A luta pela defesa do planeta não se encerrará na Dinamarca. A COP-15 é também um ponto de partida. Veja o que ela disse num painel em que participou: “quando os países em vias de desenvolvimento assumem compromissos numéricos com a mudança das suas trajetórias de emissão, demonstram que, de fato, querem crescer em um novo modelo, rumo a uma economia verde. No entanto, para que possamos sair da trajetória business as usual [crescimento tendencial das emissões], e seguir um modelo inovador, criativo, com tecnologias limpas, é preciso investimento.

Segundo Suzana Khan, o investimento não se trata de doação. É cooperação internacional. É respeito ao princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Quando as nações ricas ajudam os países em desenvolvimento a mudar seu padrão de crescimento estão ajudando a si mesmas. A atmosfera não tem nacionalidade e o mundo é um só. Eu olho as coisas pela mesma ótica. E, como Suzana Kahn, acho que estamos dando a partida de uma nova caminhada. Mesmo que não saia daqui um novo tratado justo e equilibrado, o mundo vai mudar.

publicado por André Lazaroni em 16.12.09 |



Amigos, continua fazendo muito frio aqui em Copenhague. 10 graus, com ventos frios procedentes do mar. Apesar disso, há muito calor nas discussões, muito calor principalmente nas queixas de milhares de participantes desta conferência das Nações Unidos sobre o clima. Dentro e fora do Bella Center, a sede das discussões da COP-15, reina o caos.
Muitos estão sem credenciais. Os funcionários da Dinamarca e da ONU parecem baratas tontas. Para vocês terem uma ideia, são 34 mil inscritos e no Bella Center cabem apenas... 5 mil. Aqui tem muita gente com saudades do Rio de Janeiro, no ano de 1992. Quando sabem que sou brasileiro logo vêm eles com um lamento-elogio: "vocês brasileiros é que organizaram bem a ECO-92. Isso aqui é coisa de amadores".

publicado por André Lazaroni em 16.12.09 |



A Amazônia é tema de grande interesse e preocupação na reunião da ONU sobre o clima, em Copenhague. Em debates e conversas, como representante parlamentar oficial, coloco uma outra Amazônia em destaque: a Amazônia Azul. Muitos ficam surpresos, querendo saber detalhes. Como é essa nova Amazônia? Eu respondo: é um território submerso de milhões de quilômetros quadrados, repleto de riquezas biológicas e minerais. A Amazônia Azul vai da fronteira com a Guiana Francesa até o Rio Grande do Norte e do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul. Desde 2004 o governo federal, principalmente com a ação permanente da Marinha, defende a soberania sobre a Amazônia Azul, argumentando que a plataforma continental é o prolongamento natural da massa terrestre de um estado costeiro como o Brasil. A Amazônia da cor do mar mede quase 4,5 milhões de km2 e acrescenta ao país uma área equivalente a mais de 50% de sua extensão territorial. Ela tem sido uma preocupação crescente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Nós apoiamos a Marinha brasileira, em sua ação patriótica. Hoje, como deputado brasileiro, divulgo essa bandeira aqui na Dinamarca, na reunião da ONU sobre o Clima.

publicado por André Lazaroni em 16.12.09 |



terça-feira, dezembro 15, 2009


Um rapazinho boliviano, Darwin Peña, de 17 anos, representa a América do Sul na COP-15. Ele foi convidado para vir à Dinamarca pelo Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância. Darwin Peña comoveu ministros, diplomatas e jornalistas ao descrever o derretimento da neve dos cumes da Cordilheira dos Andes.

Vamos falar de moda? Vejo indianos sikhs com seus turbantes coloridos. Africanos ocidentais com suas túnicas longas bem coloridas, os bubus, e muçulmanas com hijabs, as mantas que cobrem a cabeça. Meu traje é terno, camisa, camiseta, gravata, casaco grosso de lã e cachecol.

Quem deu um show de competência e habilidade política na COP-15 foi o ex-vice-presidente americano Al Gore. Ele apresentou um relato científico, do Instituto Polar da Noruega, confirmando o rápido degelo do Polo Norte.

Cientistas com opinião comprada pelo capitalismo, e radicais de direita, tentaram negar o valor do filme-documentário de Al Gore, “Uma Verdade Inconveniente”. Se deram mal.

Vai ter papai noel em Copenhague? O holandês Yvo de Bôer, secretário-executivo da Convenção do Clima das Nações Unidas, só quer um presente de Natal: um acordo que supere em muito as metas do Tratado de Kioto e que seja assinado por todos, principalmente os Estados Unidos.
O Senado dos Estados Unidos ainda não aprovou a chamada lei Waxman-Markey, que determinará a meta estadunidense de redução de emissões de CO2. Assim, Barack Obama está legalmente impedido de assinar um acordo em Copenhague. Será que ele vai contrariar o Senado, chutando o pau da barraca?

Voto para mala da COP-15: a polícia da Dinamarca. Ela bate indiscriminadamente em homens e mulheres. Também não respeita idade.

publicado por André Lazaroni em 15.12.09 |




Neste momento, estamos abrindo a Conferência principal dos países membros da ONU-IPCC. O Ministro da Dinamarca acabou de falar, deu as boas vindas e pediu aos governantes presentes que cheguem a um acordo, pois a população mundial espera por isso.

Ah! Registramos a presença do Príncipe Charles, da Inglaterra, um ambientalista de carteirinha, conhecido dos brasileiros.

Senti falta da Ministra Dilma!!! Será que, depois da quantidade de equívocos cometidos por ela, ontem, aonde a mesma chegou a afirmar que o meio-ambiente é uma barreira para o desenvolvimento sustentável, deu números pouco confiáveis e disse, de forma que pareceu arrogante, que o Brasil tem a melhor proposta, ela resolveu pedir ao Presidente Lula que a retirasse do jogo?

Vamos aguardar.

Aqui em Copenhague temos a impressão, e é um sentimento geral, de que os documentos, que estão sendo formulados, não trarão nada de novo.

Ah, já ia me esquecendo, hoje, quando entrava no Bella Center, local do evento, fui convidado por alguns manifestantes, que estão do lado de fora, a me juntar a eles, dia 16/12, em um protesto contra a inércia dos governantes presentes. Pelo que entendi, amanhã, às 12h, as diferentes tribos de ambientalistas do mundo inteiro, sairão de dentro do Bella Center para encontrar com os manifestantes que estarão nos esperando na rua. Será um encontro histórico, onde o oficial se junta ao clamor popular. Lá na rua, vamos tirar o crachá e tomaremos atitudes de seres humanos inconformados com a irresponsabilidade dos que detêm o poder.

Como representante da população do Estado do Rio de Janeiro, como cidadão consciente de que a hora é essa, estarei aonde devo estar: do lado da humanidade.

publicado por André Lazaroni em 15.12.09 |



Estou em Copenhague, na Conferência do Clima das Nações Unidas, mas continuo ligado em tudo o que acontece no meu país. O Brasil não me sai da cabeça!
Uma das mais deploráveis notícias que recebi foi o relato da denominada “Semana do foie gras” em São Paulo. Iguaria da cozinha francesa, tão apreciada como as trufas, o foie gras (fígado gordo) é o resultado de uma inominável violência contra gansos e patos.
Segundo a denúncia que recebi, todos os anos são sacrificados 10 milhões de gansos e patos para a produção de 17 mil toneladas de foie gras. Para conseguir esse alimento, as aves são confinadas em pequenos espaços e alimentadas à força. Um anel de borracha amarrado ao pescoço impede que elas vomitem. Depois de três ou quatro semanas, os órgãos internos ficam deformados.
O fígado de um ganso sadio pesa cerca de 120 gramas. O da ave cativa chega a um quilo e 200 gramas, dez vezes mais que o normal!
Houve protestos em São Paulo, contra a “Semana do foie gras”, aos quais me associo.
Há um precedente histórico que podemos ampliar: a prefeitura de Chicago proibiu os restaurantes da cidade de oferecer o patê de foie gras a seus clientes, alegando que a produção utiliza um método cruel com patos e gansos. Vamos fazer o mesmo?

publicado por André Lazaroni em 15.12.09 |



segunda-feira, dezembro 14, 2009

O domingo em Copenhague também foi um dia de manifestações pelas ruas,com a polícia agindo com violência e prendendo novamente centenas de pessoas. Até as 4 horas da tarde, nesta bela cidade fundada por volta do ano 1000,mais de 300 ativistas foram levados ou arrastados para a cadeia.

No sábado, a repressão foi de uma brutalidade extrema. Os que protestam são ativistas internacionais, ligados às ongs em defesa do meio ambiente.
Mas há radicais anticapitalismo que culpam o desenvolvimento industrial a qualquer preço pelos desequilíbrios ecológicos e pelas desigualdades sociais.

A polícia dinamarquesa é preparada segundo as normas da OTAN, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar liderada pelos Estados Unidos. A OTAN adota preventivamente, em grandes eventos internacionais, métodos de luta contra o terrorismo.

O objetivo final da repressão é a Al-Qaeda, o grupo extremista de origem muçulmana. Por aí se entende a violência empregada contra os manifestantes aqui em Copenhague. A polícia acha que o mais pacífico dos militantes da Nigéria ou do Brasil, ou da própria Dinamarca, é um terrorista em potencial. Vai haver muita pancadaria até o dia 18.
Deus nos proteja!

publicado por André Lazaroni em 14.12.09 |




Hoje, o assunto é a Amazônia. Portanto, a América do Sul estará no centro da roda.
E o Brasil, sem dúvida, no olho do furacão, sendo alvo de diferentes interesses. Chegou a hora da verdade, onde tomaremos conhecimento de como o mundo nos vê.
O Brasil não vai abrir mão, aqui na COP-15, das propostas já formuladas pelo presidente Lula. Quem garante isso é o embaixador extraordinário para mudanças climáticas do Itamaraty, o experiente diplomata Sérgio Serra.
Quais as propostas do Brasil, no dizer de Sérgio Serra? Em síntese, são ações que prevêem a diminuição de 36% a 39% das nossas emissões de gases de efeito estufa na atmosfera e a redução em 80% do desmatamento da Amazônia e em 40% o desmatamento do Cerrado, nos próximos onze anos.
Nas últimas décadas, houve aumento de 25 % de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera da Terra. Essa taxa alarmante é provocada pela queima de petróleo e carvão, desmatamento, como ocorre na Amazônia e pelo consumismo desenfreado, principalmente nos países ricos ou em desenvolvimento, como o Brasil.
No fim, vem o pior. O efeito estufa causa um desequilíbrio natural do planeta, fazendo surgir anormalidades como tornados, chuvas torrenciais (é o caso, hoje, do Rio Grande do Sul) e secas intermitentes. O embaixador Sérgio Serra está otimista. Eu também.
André Lazaroni

publicado por André Lazaroni em 14.12.09 |




Em Copenhague me vi diante desta instalação: a miséria, a criança e a terra.

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) já fez incluir na pauta de debates entre as delegações e chefes de estado e de governo a luta contra a pobreza.
Para a FAO, a fome é a primeira consequência da mudança climática.
Uma defensora da bandeira da FAO contra a fome é a ministra da Agricultura da Dinamarca, Eva Kjer Hansen. Palavras dessa política de pensamento e ação progressistas: “a pobreza e a mudança climática são já os dois maiores desafios da Humanidade.” No ano 2050, a população da Terra será de 9 bilhões e 100 milhões de pessoas. Hoje, ela soma 6 bilhões e setecentos milhões. Todos concordam, aqui na Dinamarca, nos debates da COP-15, que não haverá comida para quase a metade desses seres. Muito preocupante.
Por isso me lembrei do Betinho, quando ele dizia que “quem tem fome, tem pressa”, pois temos que exigir agilidade nos acordos entre os governantes globais. Afinal, quem tem fome depende do clima saudável.

publicado por André Lazaroni em 14.12.09 |



Todos os órgãos das Nações Unidas estão ativos na conferência sobre o clima, que se realizada aqui em Copenhague. O mais importante deles, para este momento, é o IPCC – Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, alvo permanente de uma ação de contrainformação daqueles que se opõem aos avanços na contenção da emissão de gases de efeito estufa.
Os adversários do IPCC, órgão constituído por cientistas de todo o mundo, inclusive do Brasil, dizem que “a Terra se recicla periodicamente e não está nada enferma”. Esses são os engana-trouxas que também existem aos montes no Brasil.
Vale lembrar aqui uma frase do genial cientista Albert Einstein,pronunciada nos anos 30: “O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.”

publicado por André Lazaroni em 14.12.09 |




Olá!
Domingo e, como estava previsto, não há nenhuma atividade no Centro de Convenções Bella Center, aonde ocorre a COP-15. Então, aproveitei para dar um giro pelo centro de Copenhague. Apesar do frio, os dinamarqueses não se intimidam. Uns pedalam em suas bikes, como já disse é impressionante o número delas que trafega pelas ciclovias da cidade, outros andam a pé.
Dessa vez, resolvi caminhar e deixei a minha bike alugada num dos bicicletários, em frente a estação do metro. Logo na descida, encontrei um casal que veio para Copenhague protestar pelo entendimento entre a cúpula mundial aqui reunida. Desfilavam pelas ruas carregando a estátua de uma sereia. Conversamos bastante, falaram da militância deles, tirei uma foto e me fizeram prometer que postaria, aqui no nosso blog, o endereço eletrônico deles: www.angrymermaid.org. Um site interessante, bacana mesmo e que realiza uma votação sobre as empresas-instituições que mais colaboram para o aquecimento global. No referido site, existe um vídeo da “Angry Mermaid” - Sereia com raiva, tradução livre, que posto no meu site. Vale a pena conferir! Depois, me vi numa praça com pessoas, de várias partes do mundo, participando de um evento paralelo à COP-15: uma exposição com o tema “a fome no mundo”, onde, em torno da estatua de uma criança, no chão, podemos ler mensagens, alertas, denúncias distribuídos em diversos cartazes.
Em outro canto da praça, uma exposição mostra os horrores da guerra. Noutro, cabanas de índios americanos, onde eles vivem nesses dias em que o mundo volta seus olhos para a Conferência.
Dentro dessa praça existe também uma espécie de lona cultural. Nela as pessoas apresentam suas experiências, as que estão dando certo na área sustentável. Um homem mostra aos visitantes uma casa sustentável! Ninguém está ali vendendo seus projetos ou produtos, mas dizendo, com criatividade, que é possível se viver em um mundo melhor, onde a vida vale mais.
A cada hora que passo aqui, sem dúvida, descubro um mundo de coisas, inclusive a respeitar mais e mais as diferentes culturas existentes nesse nosso Planeta múltiplo e facetado. E constato, horrorizado, que o futuro da humanidade está nas mãos de poucas pessoas. Mas concluo, com esperanças, que nem tudo está perdido, pois, cada vez mais, pessoas se juntam em prol de um meio-ambiente equilibrado e pensando nas gerações futuras.
Por hoje, fico aqui, aguardando que, amanhã, quando chegam os donos do poder, possamos divulgar as boas novas que queremos e precisamos.
Que Deus ilumine as cabeças dos poucos que decidem por todos.
Abraços verdes e sustentáveis.

publicado por André Lazaroni em 14.12.09 |



domingo, dezembro 13, 2009


Hoje foi um dia atípico para os dinamarqueses. Milhares de pessoas, pelas ruas de Copenhage, exigiam dos líderes mundiais entendimento, que elaborem e assinem um documento contendo as metas para redução das emissões do gás carbônico lançado na atmosfera.

Tinha gente do mundo inteiro: americanos do norte, peruanos, chilenos, mexicanos, australianos, alemães, franceses, indianos, chineses, brasileiros e eu estava lá fazendo coro com eles. Um momento que jamais esquecerei.

Olhando aquela multidão, toda ela reivindicando a mesma coisa, unida pelo mesmo objetivo, não tive dúvidas: vai ser difícil encarar a população mundial consciente de que a vida no Planeta corre risco de extinção.

O que mais tem me impressionado, nesta viagem, não são as palestras e os encontros que ocorrem dentro da COP-15 oficial, mas sim o que tenho visto “extra muros”. O povo comanda a cena. As manifestações espontâneas são de uma criatividade impressionante, realizadas por pessoas bem informadas, conscientes, conhecedoras da causa ambiental e que demonstram disposição para enfrentar os poderosos egoístas e gananciosos. Ninguém está ali para brincar.

No longo caminho hoje percorrido, encontrei uma tribo de índios norte americanos, em volta de uma imensa fogueira, batendo tambores e rezando em prol do sucesso da COP-15. Não pediam aos deuses nada para si mesmos, mas em favor da Humanidade.

Aproveitei o momento de fé e pedi a Deus por nós.

publicado por André Lazaroni em 13.12.09 |



sábado, dezembro 12, 2009


Oi, turma!
Ontem, presenciei a realização de um protesto da galera vegetariana. Os ambientalistas, caracterizados de bichos, pediam pela vida dos animais existentes no Planeta.
Distribuíam um livro chamado " The birds in my life", de capa dura, com aproximadamente 300 páginas, chancelado pela amazon.com, um best seller. A autoria é da Supreme Master Ching Hai, defensora da fauna planetária. O livro vem acompanhado de um guia, que incentiva as pessoas a serem vegetarianas.
Veja o que diz o texto primoroso da obra: “Uma pessoa, sendo vegetariana por um ano, reduz a fome de outras cinco famintas, pois a terra seria usada para produzir comida e não para pastos, salvando a vida de 25 animais, além de reduzir a emissão de 655 bilhões de libras de CO2, que são lançados na atmosfera.”
Consegui um livro e vou levá-lo. Tenho muito que aprender sobre a arte de viver bem e proteger a vida no Planeta. Pretendo aprimorar meus conhecimentos para continuar a ser integrante dessa luta, que é de todos.
Apesar do dia frio, o tempo está esquentando por aqui.
Beijos a todos.

publicado por André Lazaroni em 12.12.09 |



sexta-feira, dezembro 11, 2009

Eu no Dia Mundial Sem Carro - Brasil set/2009

Assim que cheguei ao aeroporto de Copenhage, meu primeiro impulso foi o de alugar um carro. Depois, refletindo melhor, pensei: - “ora, se estou na Cidade das Bicicletas, se eu a uso no Rio no meu dia a dia, se o mundo se reúne aqui para estabelecer metas de redução das emissões de gás carbônico e se o carro é um dos responsáveis pela queima de combustível fóssil lançado na atmosfera, então o carro é absolutamente desnecessário.”
E não deu outra: ainda no aeroporto, ou melhor, na parte externa, avistei uma escada que dava acesso ao metrô e me deparei com um gigantesco bicicletário. Entre emocionado e impressionado, segui rumo ao centro da cidade.
Para onde levo o meu olhar, portas das lojas, bares, edifícios, pontos do metrô, vejo bicicletas de todos os tipos e gostos.
Gente, tem engarrafamentos nas ciclovias! Todo mundo aqui pedala.
Claro que a administração pública dinamarquesa oferece serviços à altura dos usuários, mas me encantei com a postura dos ciclistas: educados para o trânsito, eles usam equipamentos de proteção e sinalizam suas manobras.
Por exemplo, esticam as mãos para a direita, se vão entrar à direita, avisam que vão parar, estacionar...
E o fazem com a maior seriedade.
Aqui a bicicleta é usada como meio de transporte para todos os fins: do trabalho ao lazer. Agora mesmo, chove torrencialmente, a temperatura está abaixo de zero, mas as pessoas, em suas bikes, estão nas ruas. Percebi que os dinamarqueses gostam de chuva e que ela não oferece barreiras para o ir e vir. Entrei no clima dinamarquês e me sinto feliz.
Enfim, concluo que, nós, brasileiros, precisamos entender e assimilar a cultura de duas rodas, usar mais a energia da vida para pedalarmos em direção ao Planeta Verde. Nele a Paz é conquistada com esforços e com a vontade de querer.

publicado por André Lazaroni em 11.12.09 |



quinta-feira, dezembro 10, 2009


Já caminhei em ruas de Copenhague, debaixo de chuva, onde acabei de chegar, para participar, como observador parlamentar, da 15ª Conferência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas, a COP-15.

Copenhague é a cidade ideal para sediar um evento desse tipo, porque sua população tem uma grande preocupação com o meio ambiente. Basta dizer que foi escolhida pela União Ciclística Internacional como a primeira Bike City.

Isso tudo é um exemplo para nós, brasileiros, que ainda utilizamos muito pouco a bicicleta nas grandes cidades. Vou alugar uma bike para conhecer melhor a cidade e depois eu conto mais sobre Copenhague.

Mais notícias da COP-15 no meu site: www.andrelazaroni.com.br

publicado por André Lazaroni em 10.12.09 |



quarta-feira, dezembro 09, 2009

Assim como a paz, a fraternidade entre pessoas e nações, o desenvolvimento humano, a solidariedade e o bem-estar social, o verde (ecologia) não cabe numa só bandeira. Ele é de todos os brasileiros, como também é um patrimônio da Humanidade. Por isso, o PMDB agora também é verde. Nasceu forte, e com muita disposição de luta, o PMDB-Verde.

Agora neste grande partido brasileiro – o PMDB de Ulysses Guimarães – tenho o mesmo sonho do início de minha militância política em favor da vida na Terra, com todos os seus seres. O sonho de que um dia nossas escolas ensinarão a nossas crianças noções básicas de direito e cidadania, para que elas aprendam como se defender das ameaças e injustiças de toda sorte. Assim elas crescerão e se tornarão pessoas cientes de tudo aquilo que uma sociedade democrática e socialmente mais justa tem obrigação de lhes proporcionar e garantir.

publicado por Equipe André Lazaroni em 9.12.09 |



Dentro de mais algumas horas estarei na Dinamarca, que, até o dia 18, centraliza as atenções do mundo. Na reunião de Copenhage certamente me encontrarei com o embaixador Luiz Alberto Figueiredo, diretor do Departamento de Meio Ambiente do Itamaraty. O diplomata é considerado um negociador extremamente competente.
Ele será um dos redatores da proposta do texto final da COP-15. Não tenham dúvidas: o Brasil vai se destacar na reunião das Nações Unidas sobre o clima. O fato de o presidente Lula e seu colega francês, Nikolas Sarkozi, terem proposto – na frente de todo mundo! – uma redução mundial da emissão de gases de efeito estufa em até 38%, para os próximos anos, balançou muitas lideranças. Obama e o presidente chinês, Hu Jintao vão correr atrás do prejuízo...

publicado por André Lazaroni em 9.12.09 |




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