quarta-feira, maio 28, 2008

Na terça-feira, 27 de maio, o Brasil lembrou a passagem do Dia Nacional da Mata Atlântica, uma data para ser comemorada e, ao mesmo tempo, recordada com muita preocupação. São tempos difíceis para o nosso meio ambiente, quando a ação sem parar das moto-serras e a desmedida cobiça internacional, ameaçam o grande santuário que é a Amazônia. A Mata Atlântica vem sendo destruída aos poucos, por nós mesmos, há mais de quinhentos anos. Para preservar o que resta dela, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 225, considera a Mata Atlântica Patrimônio Nacional. Um decreto presidencial, de 21 de setembro de 1999, foi além: instituiu o dia 27 de maio como Dia Nacional da Mata Atlântica. E por que esta data? Porque em 27 de maio de 1560 o Padre José de Anchieta, considerado o Apóstolo do Brasil, assinou a famosa "Carta de São Vicente”, onde foi descrita pela primeira vez a biodiversidade das florestas tropicais.
Em tempos idos, a Mata Atlântica estendia-se por cerca de um milhão e 300 mil quilômetros quadrados do território brasileiro. Agora, os remanescentes primários, e em estágio médio e avançado de regeneração, estão reduzidos a apenas 7,84% da cobertura florestal original. Isso compreende aproximadamente cem mil quilômetros quadrados de mata. É muito pouco. O Bioma Mata Atlântica é o segundo mais ameaçado de extinção no mundo. Mas a mata reage e se recusa a morrer. Ela é, ainda, a mais rica entre as florestas tropicais do mundo. Ela é, também, o santuário ecológico mais pródigo que conhecemos. O ecossistema apresenta números impressionantes. A Mata Atlântica reúne 15% de todas as formas de vida animal e vegetal do mundo. O número de espécies de aves já identificadas – 650 ao todo – é maior do que o existente em toda a Europa. Na mata estão ainda cinco mil espécies vegetais, muitas ameaçadas em sua sobrevivência, como palmito, canela-preta, pau-brasil e baraúna.
Das duzentas espécies de animais brasileiros ameaçados de extinção, 171 vivem nesta floresta tão perto de nós. Entre eles estão o mico-leão-da-cara-preta, o sagüi-da-serra, o papagaio-chauá, o macuco e a jacutinga. Na floresta convivem também vários ecossistemas diferentes, mas integrados entre si, como a vegetação litorânea de mangues e restingas; as florestas com araucárias do Paraná; os campos sulinos; e as florestas úmidas do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. Um retrato da desolação são as 456 manchas de mata verde, distribuídas de forma irregular pela costa atlântica brasileira, entre o município de Torres, no Rio Grande do Sul, e o estado do Rio Grande do Norte. Plantações de cana-de-açúcar no Nordeste, a exploração madeireira e os grandes centros urbanos do litoral, que se alicerçaram na floresta primitiva, acabaram destruindo 93% de sua área. O gigantismo da cidade do Rio de Janeiro foi um dos responsáveis por isso.
Defensores do meio ambiente listam as graves ameaças de hoje à existência da Mata Atlântica. Além da contínua explosão demográfica há a exploração predatória da madeira; a extração ilegal do palmito; a especulação imobiliária; a falta de políticas públicas ambientais concretas; a falta de fiscalização nas unidades de conservação; e, lamentavelmente, a falta de conscientização ambiental da população. Como pede a respeitável organização SOS Mata Atlântica, devemos ter o compromisso de convocar a população para o exercício de uma cidadania ambiental, responsável e comprometida com o futuro desse nosso território. A organização não-governamental informa que a aprovação de lei que protege o bioma, em 2006, vem fazendo frear a onda de desmatamento.
Antes, uma área do tamanho de um campo de futebol era desmatada na Mata Atlântica a cada quatro minutos. Ainda bem. O bioma Mata Atlântica é um patrimônio da Humanidade.

publicado por Unknown em 28.5.08 |



segunda-feira, maio 26, 2008

O senador Barack Obama, que disputa a indicação, pelo Partido Democrata, à eleição para a Presidência dos Estados Unidos, fez na sexta-feira passada, dia 23 de maio, em Miami, importante discurso sobre a América Latina. O senador falou muito das questões cubana e colombiana/venezuelana e deu destaque ao Brasil. Muita gente ficou preocupada com a fala de Obama. Mas ele, simplesmente, expressou um sentimento que é internacional.
Disse Barack Obama: “a região amazônica, fonte mundial incrivelmente importante contra o aquecimento global, cobre cerca de 60% do Brasil e perdeu cerca de 20% de sua floresta para desenvolvimento, extração de madeira e agricultura.” Nada de mais. Num outro trecho de seu discurso na Flórida, o senador democrata elogiou o desempenho brasileiro na recuperação e estabilidade da economia e na produção de combustíveis renováveis, em especial com o uso da cana-de-açúcar.

publicado por Unknown em 26.5.08 |



quarta-feira, maio 21, 2008

Como cidadão e parlamentar envolvido com as questões ambientais, e como presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj, vejo com expectativa, ora pessimista, ora otimista, a futura gestão de meu colega Carlos Minc à frente daquele que deveria ser um dos mais importantes ministérios do governo Lula.
Minc assume o meio ambiente federal num momento crucial da política desse setor. Um governador que é capitalista do agronegócio, Blairo Maggi, do Mato Grosso, disse que não vai colaborar para a formação da Guarda Nacional Ambientalista, proposta por Minc.
Conhecido por fazer e autorizar a fazer o desmatamento continuado da floresta amazônica para um imenso plantio de soja e criação de gado, Maggi já não dera apoio à então ministra Marina Silva, a exemplo de seu colega de Rondônia.
O presidente da República prometeu dar todo apoio a Carlos Minc e tornar prioridades absolutas as metas do novo ministro. É ver para crer.
Com seu conhecido prestígio nacional e internacional, Marina Silva foi voto vencido nas reuniões ministeriais. Privilegiou-se a ação capitalista no campo, mesmo quando estas, de forma ilegal, foram constatadas por instituições técnicas e científicas, como as do Inpe, o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial.

publicado por Unknown em 21.5.08 |



quinta-feira, maio 15, 2008

A senadora Marina Silva, primeira ministra a ser escolhida pelo presidente Lula, em 2002, ainda na formação do gabinete governamental, num dia emblemático para a história brasileira: 13 de maio. Na data se comemora a assinatura, pela princesa Isabel, em 1888, da Lei Áurea, que tornou livres – ainda que tardiamente – os escravos. Parece que, com seu gesto, Marina Silva também se libertou de um fardo pesado, a gestão, durante 6 anos, do Ministério do Meio Ambiente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sempre apontou a ambientalista Marina Silva como sua ministra-símbolo. Mas apesar dos salamaleques presidenciais, a ministra foi constantemente passada para trás nas grandes e graves decisões tomadas nas salas do Palácio do Planalto. A gota d`água final foi a questão da gestão amazônica, que Lula passou para o ministério de Mangabeira Unger.
Antes, foram suas quedas-de-braço com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, sobre o licenciamento ambiental para a nova refinaria da Petrobras no Estado do Rio e a construção de numerosas usinas hidrelétricas.
Como as coisas ficarão com o novo ministro? Por certo que do mesmo jeito que estavam indo com Marina Silva: com o chamado pragmatismo do governo Lula, que se acerta com o grande capital e promete não esquecer as já distantes promessas de campanha.

publicado por Unknown em 15.5.08 |



segunda-feira, maio 05, 2008

O ritmo de desmatamento na Amazônia voltou a crescer nos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano, ameaçando a tendência de queda apresentada desde 2005. Informações divulgadas pela Ong Imazon, com sede em Belém, indicam que no Pará e no Mato Grosso, quase 220 quilômetros quadrados de mata foram postos abaixo, o triplo do mesmo período do ano passado. O Imazon confirmou o que o Greenpeace vem observando em seus sobrevôos periódicos sobre a região, amparados em imagens de satélite: as motosserras devastam a Amazônia até mesmo em meses de chuva, período em que tradicionalmente a derrubada de florestas é bem menor, e não se intimidaram com as medidas de repressão anunciadas pelo governo federal.
“Tanto os dados do Imazon como os apresentados pelo sistema Deter, do Inpe, mostram que o desmatamento no primeiro trimestre chegou a níveis alarmantes”, disse Paulo Adario, coordenador da campanha da Amazônia, do Greenpeace. Os dois órgãos, o Inpe (do governo), e o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), monitoram o desmatamento mensal no Brasil através da análise de imagens de satélite. Tanto o SAD, do Imazon, quanto o Deter, do Inpe, são sistemas ágeis, que utilizam imagens de satélite de baixa resolução e fornecem dados freqüentes sobre a cobertura vegetal da região. Segundo Paulo Adario, os próximos meses – maio, junho e julho – serão críticos, já que é este é o perído de maior destruição da floresta.

publicado por Unknown em 5.5.08 |




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