sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Uma pesquisa de opinião pública, mandada realizar no Japão pela organização internacional Greenpeace, mostrou que a imensa maioria da população local é contrária à caça às baleias no santuário da Antártica. O índice de rejeição à política oficial chegou aos 71%. Um número ainda maior de cidadãos japoneses pesquisados, cerca de 87%, não tinha o menor conhecimento de que parte dos impostos cobrados ajuda a subsidiar a atividade baleeira no país. O volume de dinheiro chega a cinco milhões de dólares, anualmente.
Foram entrevistados japoneses entre 15 e 60 anos, num total de 1.051 pessoas. O militante do Greenpeace no Japão, Junichi Sato, afirmou: “as conclusões da pesquisa mostram um grande contraste com as versões divulgadas pela Agência Japonesa de Pesca, segundo as quais matar as baleias no santuário do Oceano Antártico é agir em defesa da cultura do país e do desejo da população. A maior parte do povo japonês conhece pouco sobre o que tem sido feito em seu nome e com o seu dinheiro. As pessoas também não apóiam a caça que está em curso.”
Além da pesquisa o Greenpeace tem mais o que comemorar: seu navio, “Esperanza”, perseguiu durante duas semanas a frota baleeira do Japão que se deslocou para o Oceano Antártico, para capturar e matar baleias. Acossados pela embarcação da ONG, os baleeiros japoneses não capturaram uma única baleia. Uma brasileira, Leandra Gonçalves, coordenadora da Campanha de Baleias do Greenpeace Brasil, esteve a bordo do “Esperanza” e disse que agora é hora de pressionar o Japão a encerrar, em definitivo, a caça às baleias.

publicado por Unknown em 29.2.08 |



segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Madeireiras da cidade de Tailândia, a 200 quilômetros de Belém, no Estado do Pará, continuam se insurgindo contra a decisão do Ibama e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, de fazerem a retirada de mais de 10 mil metros cúbicos de madeira ilegal extraída na região. Como bem lembrou o Greenpeace, os madeireiros fazem com as autoridades ambientais o mesmo que fizeram com a ONG no mês de outubro de 2007: impediram a saída de uma tora de castanheira queimada adquirida na cidade de Castelo dos Sonhos, oeste do estado. O Greenpeace queria trazer a árvore queimada para o sudeste do país, a fim de exibi-la em praça pública, num protesto contra as queimadas e o desmatamento.
A operação de fiscalização que vem sendo realizada contra a extração de madeira ilegal na região, pelo Ibama e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, teve que ser interrompida por falta de segurança. Um grupo de fiscais chegou a ficar encurralado dentro de uma serraria. Houve enfrentamento entre manifestantes e a Polícia Militar em diversas partes da cidade. As pessoas que fazem os protestos são empregadas de serrarias que agem movidas pelos patrões que as ameaçam de desemprego. O Greenpeace, em seu site, perguntou: será que o governo vai afinar novamente para os madeireiros, deixando que as muitas toras de madeira extraída ilegalmente da Amazônia fiquem na cidade de Tailândia? Os madeireiros mais uma vez ganharão a queda-de-braço com as autoridades?
E a mesma organização não-governamental respondeu: está na hora do governo federal mostrar que não admite mais que o desmatamento fique impune. Ou impõe a lei e garante a governança na região ou pagará um preço alto por não enfrentar um problema que está destruindo nossa floresta amazônica. Por fim, o Greenpeace, um exemplo mundial na luta contra o desmatamento, lembrou: afinal, como diz o ditado, quem cria cobras amanhece picado.

publicado por Unknown em 25.2.08 |



segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Dirigentes de diversas organizações não-governamentais (ONGs) vão se reunir com funcionários do Ministério do Meio Ambiente para formalizar denúncias contra fazendeiros e grandes empresas dos setores pecuário e agrícola, que continuam devastando a Floresta Amazônica. O coordenador do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da WWF, Mauro Armelin, disse, em entrevista ao repórter Marco Antônio Soalheiro, da Agência Brasil, divulgada pelo blog EcoDebate, que não se pode ser inocente “em falar que o setor madeireiro não tem culpa, mas o desmatamento é fruto, sobretudo, do setor agrícola e pecuário. Não há dúvida nisso”. O ambientalista acrescentou: “a extração ilegal de madeira é responsável pela degradação de algumas áreas, ao retirar da floresta toras de alto valor econômico, como o mogno, em um processo chamado de garimpagem florestal. “A floresta perde interesse para manejo e, em seguida, vêm a pecuária, a devastação total, a retirada da floresta e o corte raso”.
O repórter da Agência Brasil ouviu outro dirigente de ONG, Adrian Garda, do Programa Amazônia da organização não-governamental Conservação Internacional do Brasil, que denunciou um ciclo de desmatamento no norte de Mato Grosso e no sul do Pará para a exploração de madeira, ilegal ou não, seguida depois pela expansão da pecuária e do plantio de soja. Garda afirmou que nas regiões onde mais aumentou o desmatamento em 2007 já existem fronteiras consolidadas de exploração madeireira. E a pecuária, ao contrário, está em ritmo de expansão no Pará, assim como o cultivo de soja, em Mato Grosso, ambos impulsionados por preços internacionais favoráveis. “Não houve mudança no mercado mundial de madeira, mas houve no mercado de commodities para soja e pecuária, o que leva a crer que a principal causa do desmatamento recente é essa”, declarou Adrian Garda.
Como se vê, a Amazônia continua sendo rapinado por grandes corporações que, a cada dia, mais abrem gigantescas clareiras na floresta.

publicado por Unknown em 18.2.08 |



quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Quando menos se esperava, eis que o Brasil surpreendeu o mundo, negativamente. A notícia correu pelos continentes, dando conta da tragédia anunciada: aumentou o desmatamento na Amazônia. Num desmentido às afirmações do presidente Lula, em meados de 2007, de que o Brasil reduzira de forma drástica as queimadas e as derrubadas, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou relatório relatando a perda de 3.235 quilômetros quadrados de floresta. O estado que mais devasta a Amazônia é o Mato Grosso, seguido por Pará e Rondônia.
Numa declaração publicada pelo O Globo, o diretor do Inpe, Gilberto Câmara afirmou que “até hoje nunca tínhamos detectado um desmatamento dessa magnitude nos meses de novembro e dezembro do ano passado.” Apesar dos seguidos desmentidos do Ministério da Agricultura de que não houve desmatamento, as provas técnicas e científicas apresentadas pelo Inpe são taxativas: com a estiagem prolongada nas regiões norte e centro-oeste, as novas terras são utilizadas para o plantio de mais soja e a criação de gado para o abate.
Com o clamor da sociedade civil organizada e da repercussão internacional, o governo anunciou que vai coibir os desmatamentos. Segundo a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, “o governo não quer pagar para ver. Não vamos ficar aguardando que tenhamos sorte e que isso tenha sido apenas uma antecipação do desmatamento. Se o que está previsto se configurar, será motivo de grande preocupação para todos nós.”
O que todos esperam é um basta nessa ilegalidade que provoca graves danos ao ambiente, não só na Amazônia mas em todo o mundo. Se o governo não reagir com medidas firmes, corre o risco de desmoralização, aqui e no exterior.

publicado por Unknown em 13.2.08 |




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