quarta-feira, outubro 31, 2007

Uma das mais prestigiosas entidades oficiais do país, o INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, desmente a euforia de muitos apressados. Ao contrário do que se propalou, aumentou o desmatamento na Amazônia. Dados do Projeto DETER – Detecção do Desmatamento em Tempo Real – do INPE, indicam uma tendência clara de aceleração do desmatamento naquela vasta região. Dalton Valeriano, gerente do Programa de Monitoramento por Satélites repete um alerta: “os resultados mostram um aumento de 8% entre 2006 e 2007.”
Segundo o INPE, foi avaliada a situação em todos os estados da Amazônia Legal, entre junho e setembro deste ano e no mesmo período de 2006. A comparação do total para toda a região indica que o desmatamento foi menor neste ano do que em 2006 apenas no mês de junho. De julho a setembro a área desmatada aumentou em 3%, 53% e 107% na comparação de ano a ano, respectivamente. Dalton Valeriano destaca que “aumentos substanciais, da ordem de acima de 600% foram observados em Rondônia. Pará e Mato Grosso também apresentam aumentos significativos, em todos os meses, exceto julho. E na comparação geral os resultados mostram um aumento de 8% entre 2006 e 2007.”

publicado por Unknown em 31.10.07 |



segunda-feira, outubro 29, 2007

Está na Comissão de Agricultura da Câmara Federal o projeto de lei 6.424, de 2005 que, se for aprovado em plenário vai se constituir numa grave ameaça às florestas brasileiras. Diversas ONGs, que assinaram um manifesto condenando o PL, dizem que ele vai fazer a festa dos ruralistas e se constituir num enorme risco para a integridade dos biomas brasileiros. Argumentam as ONGs, segundo divulgou o site Envolverde, que o atual Código Florestal Brasileiro estabelece a necessidade de que cada propriedade rural tenha uma área mínima de florestas e outros ecossistemas naturais conservados. Essa área mínima é a soma das áreas de preservação permanente, como topos de montanhas, margens de rios, lagos e outros cursos d’água e a Reserva Legal.
Lembra o site Envolverde que a função da Reserva Legal é manter dentro de cada propriedade uma percentagem mínima de vegetação nativa, que cumpre uma importante função ecológica como hábitat para a biodiversidade e fornecer diversos serviços ambientais como o estoque de produtos florestais, controle de pragas e incêndios, melhoria da produção de água, proteção do solo e corpos d’água, evitando erosão e assoreamento, além da captação de carbono na atmosfera. A legislação estabelece que a área de reserva legal deva ser de 80% na Amazônia Legal, 35% na região de cerrado que esteja nos estados da Amazônia Legal e 20% nas demais regiões do país.
A maioria das propriedades rurais não possui as áreas de preservação permanente (APPs) e de reserva legal (RL), conforme determina o Código Florestal. O projeto de lei 6.424 é uma tentativa de estimular os proprietários rurais a regularizarem sua situação perante o Código Florestal. A legislação atual já prevê, em alguns casos, específicos, mecanismos de compensação, onde o proprietário compensa o dano ambiental causado em sua propriedade por meio de aquisição direta de uma área com vegetação em região próxima à sua propriedade ou através de cotas de reserva florestal. Denunciam as ONGs que o PL 6.424 aumenta de forma inconseqüente e sem o devido embasamento técnico-científico as formas de compensação, permitindo novos mecanismos que terão um impacto significativo na biodiversidade e conservação das florestas brasileiras e no ordenamento territorial da paisagem rural brasileira.
As ONGs indicam diversos pontos do PL 6.424 que consistem ameaças à conservação das florestas. 1 – A possibilidade de recuperação da Reserva Legal na Amazônia com espécies exóticas, incluindo palmáceas. Na prática, esse dispositivo significa a redução da Reserva para 50%, pois o uso de espécies exóticas reduz as funções ecossistêmicas das florestas nas propriedades privadas. 2 - A possibilidade de compensação de reserva legal em outra bacia, no mesmo estado e bioma. Este dispositivo estabelece a possibilidade de manter bacias hidrográficas sem áreas de floresta, com impactos ecológicos significativos, desestimulando a recuperação de áreas degradadas e a conseqüente recuperação de sua função de fornecedora de serviços ambientais tais como a produção de água e chuva para outros estados brasileiros. A possibilidade de cômputo da Área de Preservação Permanente no percentual de Reserva Legal. Em algumas regiões do país isso pode significar que a Reserva Legal deixe de existir, pressupondo equivocadamente que a função ecológica e econômica da Reserva Legal possa ser cumprida pelas áreas de preservação permanente, onde o seu manejo é mais restritivo.
Denunciam as ONGs, no informe divulgado pelo site Envolverde que a rapidez com que vêm se dando as negociações em torno do PL 6.424, praticamente impede a participação de representantes de organizações da sociedade civil, em especial das instituições que atuam em outros biomas importantes como Caatinga e Cerrado, e do envolvimento da opinião pública. É fundamental que as conseqüências das propostas para estes biomas sejam devidamente analisadas e as mudanças avalizadas pela sociedade. Propostas de alteração do Código Florestal devem estar baseadas em critérios objetivos, evitando-se um elevado grau de subjetividade a ser definido por regulamentações posteriores e a transferência da responsabilidade para os estados cuja estrutura de gestão ambiental é precária ou inexistente.

publicado por Unknown em 29.10.07 |



quinta-feira, outubro 25, 2007

Estudo de pesquisadores e cientistas ingleses, publicado há dois dias pela revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, afirma que a concentração de gás carbônico na atmosfera terrestre teve aumento de 35% desde o ano 2000. Esse índice supera, e muito, as estatísticas divulgadas pelo Painel do Clima das Nações Unidas (IPCC), órgão que dividiu, este ano, o Prêmio Nobel da Paz com o ex-presidente americano Al Gore.
A pesquisa dos ingleses gerou um clima de pessimismo entre ativistas do meio ambiente. Seus resultados mostram que se o aumento da concentração de gás carbônico continuar efeitos mais danosos ao clima serão sentidos em pouco tempo mais. O informe publicado na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos indica que a taxa de crescimento do CO2 atmosférico foi de 1,93 parte por milhão, por ano entre 2000 e 2006. Nos anos 60 do século XX a taxa era de 1,49 ppm ao ano.
O gás carbônico, CO2, responde por mais da metade da composição atual dos gases de efeito estufa. Um relatório divulgado pelo IPCC, em 2001, garantia que a concentração de CO2 na atmosfera tinha alcançado o nível mais alto em 400 mil anos. Num só ano, 1998, foram emitidas 22,8 bilhões de toneladas de gás carbônico. Os maiores emissores de CO2 são os Estados Unidos.

publicado por Unknown em 25.10.07 |



quarta-feira, outubro 24, 2007

Militantes do Greenpeace se preparavam para deixar a cidade de Castelo dos Sonhos, no Pará, com um caminhão que transportava uma tora de castanheira de 13 metros. Ela seria exposta numa exposição itinerante, sobre a destruição da Amazônia. No entanto, madeireiros impediram a saída do caminhão, mantendo os ativistas do Greenpeace em cárcere privado. O Ibama havia permitido a coleta e o transporte da tora de castanheira, e divulgou em seu site que “suspendeu a autorização para não agravar o conflito entre representantes da ONG e moradores do município, área onde ocorre uma operação de fiscalização de desmatamento.”
André Muggiati, da campanha da Amazônia do Greenpeace, afirmou: “esta tora de castanheira é sim um monumento da ausência de governo na Amazônia brasileira.” Os madeireiros se apossaram da tora e dizem que vão colocá-la numa praça de Castelo dos Sonhos. Para intimidar oito ativistas do Greenpeace, os madeireiros mobilizaram por 300 pessoas, entre elas muitos moradores e políticos locais. A castanheira, sob posse legal da ONG de defesa do meio ambiente, seria parte da exposição itinerante “Aquecimento Global: Apague essa idéia.” A árvore, queimada ilegalmente em terras públicas no oeste do Pará, simboliza a rápida destruição da Amazônia e exibida primeiramente em locais de grande concentração pública do Rio de Janeiro e São Paulo.

publicado por Unknown em 24.10.07 |



segunda-feira, outubro 22, 2007

O ex-presidente Jimmy Carter, um campeão dos direitos humanos e da cidadania nos Estados Unidos e no mundo, liderou nos últimos dias mais uma campanha entre membros do Partido Democrata, no sentido de fazer de Al Gore candidato nas eleições de 2008. Al Gore, porém, recusou-se a aceitar a sugestão, preferindo ficar à margem do processo político americano. Muita gente acredita que o Prêmio Nobel da Paz só se pronunciará a favor de um candidato democrata, possivelmente a senadora Hillary Clinton, em 2008, quando faltar pouco tempo para as eleições.
Enquanto Al Gore goza cada vez mais de prestígio, o atual ocupante da Casa Branca, o presidente George Bush, tem apoio cada vez menor entre políticos e eleitores. Bush, que se enterra cada vez mais no Iraque e no Afeganistão, ainda anda na contramão da história, acusando o Irã de ameaçar o mundo com uma guerra atômica e mantendo Cuba e a Coréia do Norte sob severa fiscalização e ameaças constantes de invasão. Agora que Al Gore e o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), das Nações Unidas, foram premiados com o Nobel, George Bush ensaia uma tímida mudança na política americana sobre o clima. Quem acreditará nele, mais uma vez.

publicado por Unknown em 22.10.07 |



quinta-feira, outubro 18, 2007

Se nenhuma providência urgente for tomada, a Indonésia perderá sua ainda imensa floresta tropical. Além do desmatamento, aquele país asiático sofre com as queimadas que o transformam no terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, depois dos Estados Unidos e China. Para salvar um verdadeiro santuário ecológico da humanidade, o Movimento Greenpeace criou a Base da Floresta, como parte também de seu esforço internacional para proteger regiões de floresta e clima, temas fundamentais das negociações que indicarão o futuro do Protocolo de Kioto.
Situada na província indonésia de Riau, na ilha de Sumatra, a Base de Defesa ajudará o Greenpeace a mapear a destruição descontrolada das florestas locais. Centenas de voluntários participarão de um acampamento e ajudarão no combate a incêndios e nas pesquisas realizadas sobre a biodiversidade. Segundo um dirigente do Movimento Greenpeace, “as florestas da Indonésia estão sendo destruídas rapidamente. O governo local deve agir e se comprometer com uma moratória para a conversão de florestas locais, além de assegurar um plano de ação eficaz contra as queimadas.”
Em dezembro, uma reunião internacional, com a importante participação brasileira, vai se realizar na cidade de Bali, na Indonésia. Sue Connor, da campanha de Florestas do Greenpeace Internacional, afirmou: ”nós precisamos de ação internacional para acabar com o desmatamento. Essa ação deve ser incluída no segundo período do Protocolo de Kioto. Proteger as florestas significa proteger a biodiversidade, o clima global e o modo de vida de milhões de pessoas que dependem das florestas. Seguindo o mesmo caminho que percorre na Indonésia, o Movimento Greenpeace, ao lado de oito outras ONGs brasileiras, propôs um pacto nacional para reduzir a zero o desmatamento na Amazônia. Um quinto das emissões totais de gases de efeito estufa no planeta é provocado pelos gases de efeito estufa. O Brasil é o quarto maior poluidor do clima no mundo.

publicado por Unknown em 18.10.07 |



quarta-feira, outubro 17, 2007

Milhares de americanos, em todas as partes dos Estados Unidos, continuam empenhados numa campanha para convencer o ex-vice-presidente Al Gore – agora Prêmio Nobel a Paz – a se candidatar à presidência, nas eleições de 2008. Mas Donna Brazille, da assessoria de Gore, reiterou que ele não pensa no assunto e nem mesmo comentou essa possibilidade ao receber a notícia do Prêmio Nobel. Al Gore, que se preocupa com o meio ambiente há mais de 20 anos – portanto não é um oportunista – já afirmou que não há missão tão importante como a que está empenhado.
Observadores políticos americanos, porém, têm a certeza de que Al Gore será um excepcional cabo eleitoral da candidatura do Partido Democrata à Casa Branca, possivelmente a da senadora Hillary Clinton. Ela vai se beneficiar, e muito, da bandeira defendida por Al Gore, contra a postura do Partido Republicano que se recusou a reconhecer o Tratado de Kioto e que faz vistas grossas para os desmandos contra o meio ambiente. Vale destacar também que a imprensa americana não tira Al Gore das manchetes e dos destaques, ressaltando a concessão do Prêmio Nobel a ele e ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC).
Outro fator de peso a favor de Al Gore é que ele sempre foi um “verde”. Desde o tempo em que defender o meio ambiente era visto com desdém e desinteresse. A imprensa também comenta que a outorga do Prêmio Nobel a Gore seria uma espécie de vingança contra o governo militarista de George Bush e a sua vitória polêmica nas eleições de 2000, quando ele derrotou o então vice-presidente democrata por poucos votos. O documentário “Uma verdade inconveniente” deu o Oscar a Al Gore, popularizando-o muito mais nos Estados Unidos e no mundo. Agora, com o Prêmio Nobel da Paz, ele vai incrementar mais ainda a sua cruzada pelos cinco continentes em favor da vida e da vida da Terra.

publicado por Unknown em 17.10.07 |



terça-feira, outubro 16, 2007

O Aqüífero Guarani, uma das maiores reservas de água subterrânea do mundo, virou preocupação da Organização dos Estados Americanos (OEA). A entidade pretende fazer investimentos da ordem de um milhão de dólares para apoio a projetos no Aqüífero. O Ministério do Meio Ambiente do Brasil iniciou negociações com dirigentes da área Geográfica da América Latina e de Desenvolvimento sustentável do organismo das Américas. O dinheiro para os projetos virá do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF), ficando a OEA como suporte na avaliação das propostas.
O gigantesco Aqüífero Guarani engloba o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. O projeto de investimentos tem como objetivo a formulação de um marco legal para a gestão compartilhada dos recursos subterrâneos, pelos quatro países envolvidos. A parte brasileira do Aqüífero Guarani está localizada no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

publicado por Unknown em 16.10.07 |



Mais uma experiência que dá certo: detentos de uma penitenciária de Petrolina, Pernambuco, participam de um projeto inédito de reciclagem de lixo em unidades prisionais. A informação foi divulgada pelo site Reciclaveis.com.br. O trabalho é coordenado por um ex-detento e funciona no setor de laborterapia da Penitenciária Dr. Edvaldo Gomes, envolvendo quatro reeducandos.
Os detentos coletam todos os dias o lixo dos pavilhões da penitenciária, separando o material orgânico do inorgânico. Depois, de 15 em 15 dias, o material é recolhido por caminhões e destinado ao reaproveitamento. Em cada coleta, são retirados mais de 500 quilos de material reciclável, principalmente papel e papelão.
O secretário de Ressocialização de Petrolina, Humberto Vianna, dá grande valor às ações educativas que envolvem os detentos. Afirmou ele: a iniciativa serve para a conscientização de todos sobre a necessidade de preservação do meio ambiente. Além disso, os detentos recebem remuneração e têm a pena diminuída. Por três dias de serviço são beneficiados com um dia a menos na condenação.”

publicado por Unknown em 16.10.07 |



terça-feira, outubro 09, 2007

Vai se realizar no mês de dezembro, em Bali, Indonésia, mais uma importante reunião patrocinada pelas Nações Unidas, sobre o meio ambiente. Será a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-13). Na reunião, segundo a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Thelma Krug, países líderes em florestas tropicais levarão à COP um documento amplo e que demonstra a disposição de inserir com mais destaque a questão florestal na discussão dos problemas do clima. Brasil, Indonésia, Camarões, Congo, República do Congo México, Colômbia e Gabão têm o mesmo ponto de vista.
Segundo Thelma Krug, essa inserção é muito importante e foi retardada por algum tempo. O tema é complexo porque a floresta é um ser vivo, não é uma máquina, resíduo ou indústria. O debate, portanto, se torna mais difícil. Mas é preciso trazer, com urgência, a discussão sobre florestas junto com a que se dá com outros setores do meio ambiente. Na Reunião de Alto Nível da ONU, realizada em setembro, foi possível perceber que o ambiente para a COP é bom, apesar de não haver garantias suficientes de que as negociações resultarão em avanços significativos. Além das florestas, a pauta da conferência pode incluir também compromissos dos países desenvolvidos na redução de emissão de gases de efeito estufa e mecanismos de desenvolvimento limpo.

publicado por Unknown em 9.10.07 |



segunda-feira, outubro 08, 2007

Informações do site Recicláveis.Com.Br indicam que continuam sendo bem sucedidas as operações com a versão 1.6 do “primeiro software ecológico do mundo”, criado como uma ferramenta prática para prefeituras, secretarias, instituições, ONGs, universidades e pesquisadores. O software, batizado de “Software Verde”, sigla para Viabilidade Econômica da Reciclagem dos Resíduos Sólidos, foi apresentado pela primeira vez no Centro de Ensino ESAMC, de Sorocaba, São Paulo. Com a simplicidade de alguns toques se pode saber, em questão de segundos, o quanto sua região, cidade, estado ou país pode economizar e ganhar em matérias-primas, energia e água” – informou o professor Márcio Magera, da Unicamp, criador do software verde. Magera disse que “já foi provado cientificamente que a reciclagem dos resíduos sólidos é viável economicamente, gerando trabalho e renda para milhares de pessoas. A sua adoção também deixou de ser apenas econômica para se tornar ecológica.” A mensuração dos resultados pelo novo software se dá analisando os mais lucrativos produtos reciclados extraídos do lixo urbano brasileiro como latas de alumínio, papel e papelão, plástico, vidro e lata de aço, que representam mais de 90% dos valores mercadológicos obtidos com o processo de reciclagem. Segundo o professor Márcio Magera, o “Software Verde” é distribuído gratuitamente aos interessados.

publicado por Unknown em 8.10.07 |



quinta-feira, outubro 04, 2007

O movimento Greenpeace e mais três organizações ambientais - Oil Change International, Chesapeake Climate Action Network e Conselho de Emergência Climática dos Estados Unidos – estão convocando os países que compareceram ao encontro de Washington, promovido pelo presidente George Bush, para tomarem medidas concretas contra o aquecimento global. Mais de cinqüenta ativistas e dirigentes dessas organizações, entre eles o diretor-executivo do Greenpeace nos Estados Unidos, John Passacantando, foram presos quando faziam um protesto no dia em que Bush promoveu uma reunião na capital americana, com representantes de países que mais contribuem para o aquecimento global.
Segundo o Greenpeace, “Bush está tentando levar o mundo para a direção errada na questão do aquecimento global e o encontro de Washington foi mais um esforço de propaganda para desviar as críticas internacionais contra a atuação americana.” Informa ainda o Greenpeace que todos os países em desenvolvimento que compareceram ao encontro de Bush – China e Índia inclusive – assinaram o Protocolo de Kioto e trabalham pelo seu sucesso. A China estabeleceu metas próprias de produção de energia renovável, que atingirão 15% até 2020, além de metas de eficiência energética. Por outro lado, George Bush ameaça vetar o projeto de lei que tramita no Congresso americano, que privilegia mais as energias renováveis do país.
O Greenpeace considera as negociações sobre o Protocolo de Kioto, que se realizarão em dezembro na Ilha de Bali, na Indonésia, como as mais legítimas em relação à discussão sobre o aquecimento global. Se tiver êxito, o encontro de Bali poderá estebelecer um calendário de dois anos para a negociação de uma segunda fase do protocolo, com início em 2013.

publicado por Unknown em 4.10.07 |



quarta-feira, outubro 03, 2007

O jornal O Globo dedicou quase uma página (edição de 2/10/2007) sobre a Amazônia Azul, uma área marítima de 4,5 milhões de quilômetros quadrados. Com ela, teremos um acréscimo de quase 960 mil quilômetros quadrados além das 200 milhas náuticas. O jornal também destacou que a Comissão de Limites da Plataforma Continental da Organização das Nações Unidas (CLPC) estuda uma reivindicação brasileira sobre a área marítima, quase do tamanho da Amazônia.
Espero que a CLPC aprove a Amazônia Azul, um sonho de muitos brasileiros. Em meu primeiro mandato na Alerj, e em minha campanha à reeleição, defendi a adoção dela. Cheguei mesmo a promover uma audiência pública, quando oficiais da Marinha defenderam a reivindicação brasileira perante uma atenta platéia. Na campanha, publiquei um adendo ao meu livro “Defenda-se” com um texto do almirante de esquadra Roberto de Guimarães Carvalho, comandante da Marinha do Brasil. Escreveu aquela autoridade: “A Amazônia Azul é vital para o Brasil. Mais de 95% do comércio brasileiro (importações e exportações) é realizado por via marítima. Mais de 80% da produção de petróleo nacional é extraída da Amazônia Azul.”
Acrescentou o Almirante Roberto de Guimarães Carvalho: “a pesca, a navegação de cabotagem, o turismo marítimo, os esportes náuticos e, no futuro, a exploração de energia e extração de minérios no leito do mar são outras potencialidades da Amazônia Azul. Na iminência da expansão do território brasileiro no Oceano Atlântico, devemos nos preocupar com a exploração e a preservação desse imenso patrimônio. Devemos pensar em como protegê-lo, pois ao detentor da riqueza caberá sempre o ônus da proteção. Em setembro de 2004, o Brasil apresentou à Comissão de Limites da Plataforma Continental da ONU a proposta de extensão de limites de sua plataforma continental além das 200 milhas marítimas, cerca de 370km, conforme previsto na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.”

publicado por Unknown em 3.10.07 |



terça-feira, outubro 02, 2007

A revista “Science” publicou estudos de cientistas ingleses do Met Office, o centro meteorológico inglês, alertando para grandes alterações climáticas a partir de 2009. Depois disso, mais impacto do aquecimento global: os anos serão tão quentes como 1998, o ano que teve as mais altas temperaturas já registradas. Os cientistas fizeram suas conclusões levando em conta o efeito estufa, variações de circulação e calor nos oceanos e fenômenos como o El Nino. Um dos cientistas, Douglas Smith, disse que os países devem se preparar para essas mudanças, cuidando de infra-estruturas, seguros, políticas energéticas e negócios em geral.
Outro estudo, este da Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência climática da ONU, afirma que este ano tem sido trágico para o clima em todo o mundo. Todas as previsões e recordes foram superados. Foram intensas as ondas de calor na Europa, inundações na Ásia e até neve na América do Sul. Nevou em Buenos Aires e Santiago do Chile, cidades livres desse fenômeno climático há muito tempo. Relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), também órgão das Nações Unidas, indica que há um aumento climático sistemático que já se estende por 50 anos. Recentemente, inundações deixaram ao desabrigo 44 milhões de pessoas na Índia, Bangladesh, Nepal e China.

publicado por Unknown em 2.10.07 |



Em artigo publicado na Folha de S. Paulo (25/9/2007), os professores Thomas E. Lovejoy e Gomercindo Rodrigues, fazem uma analise de estudos do cientista Enéas Salati, que mediu proporções de isótopos de oxigênio na precipitação pluviométrica amazônica, do Atlântico Sul ao Peru. O resultado é indiscutível: a Amazônia produz a parte maior de sua própria chuva. A implicação óbvia foi que o excesso de desmatamento pode degradar o ciclo hidrológico. Esses estudos do professor Salati começaram a ser feito quando Chico Mendes ainda liderava a luta dos seringueiros do Acre.
Novos estudos feitos por sensoriamento mostram que o ciclo hidrológico não apenas é essencial para a manutenção da floresta mas garante uma parcela significativa da chuva que cai ao sul da Amazônia, em Mato Grosso, em São Paulo e até mesmo no norte da Argentina. Tudo o que se produz na Amazônia depende da máquina de chuva. O mesmo acontece parte importante da geração de energia hidrelétrica no Brasil. Para o professor Salati, a economia do Brasil não pode se dar ao luxo de perder importante contribuição da máquina de chuva da Amazônia.
Aproximadamente um quinto do aumento anual das concentrações atmosféricas de gases causadores do efeito estufa vem do carbono liberado com o desmatamento. Isso faz do Brasil um dos maiores emissores mundiais de gases. Na conclusão de seu artigo, os professores Thomas E. Lovejoy e Gomercindo Rodrigues, dizem que os países que têm grandes florestas, como a nossa Amazônia, devem ser recompensados pelos serviços que prestam ao ecossistema global ao controlar o carbono nas florestas e fora da atmosfera. O Brasil tem que ser recompensado se manter a manutenção da máquina de chuva.

publicado por Unknown em 2.10.07 |




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